Irã é o nome atual da antiga Pérsia, que foi cenário de muitas histórias bíblicas. Entre elas encontram-se a história de Daniel na cova dos leões, a luta de Ester e Mardoqueu para salvar o povo judeu, e o serviço de Neemias ao rei. O Irã é uma grande nação estrategicamente localizada no Oriente Médio. Seu território é formado por platôs desérticos cercados de montanhas. Os persas, principal etnia do Irã, compõem apenas metade da população de 65 milhões. O restante da população se divide entre os grupos: árabe, azeri, baluche, curdo, gilaki, lur, mazandarani e turcomano. São faladas 77 línguas no país. A história do Irã inicia-se em tempos bastante remotos. No século VI a.C., Ciro, o Grande, unificou os exércitos dos medos e dos persas para formar o Império Persa, um dos maiores impérios que o mundo conheceu. O rei Dario continuou a expansão do império e alcançou a cordilheira do Hindu Kush, na atual fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Mais tarde, Alexandre, o Grande, sobrepujou o Império Persa e o anexou a seu próprio império. Mas, ao morrer, seu domínio foi dividido entre seus quatro generais. O Império Alexandrino foi sucedido pelo Império Sassânida, que restaurou a cultura iraniana e governou até 640, quando foi derrotado pelos árabes. Durante as dissidências e divisões ocorridas nos anos posteriores a Maomé, o Irã tornou-se intimamente associado ao islamismo xiita. Em 1200, uma esmagadora invasão dos exércitos mongóis devastou o país. O Irã mal havia se recuperado deste golpe quando os exércitos de Tamerlão avançaram sobre o território persa e conquistaram cidades como Shiraz e Esfahan, ainda que mais lentamente do que a primeira invasão mongol. A dinastia Safávida chegou ao poder em 1501, após a desintegração do Império de Tamerlão, e governou até 1722, quando foi derrubada por uma efêmera invasão afegã. Em 1796, a dinastia Kajar chegou ao poder e governou até o início do século XX. Na história mais recente, o xá Reza Pahlevi assumiu o poder em 1962 e iniciou uma série de reformas visando à modernização do país. Suas mudanças levaram as alas conservadoras a tomar-lhe o poder. O aiatolá Khomeini assumiu o governo em 1979, derrubando a monarquia e obrigando o xá ao exílio. Foi estabelecido um sistema teocrático de governo pelas forças clericais conservadoras. Esse sistema dava o poder religioso à autoridade, que passava a ser conhecida como o Líder Supremo. Após a morte de Khomeini, em 1989, o novo governo procurou manter-se teocrático, ao mesmo tempo em que procurava uma postura mais moderada. A economia iraniana é baseada no petróleo, que garante 85% da receita do país. Embora o Irã tenha se desenvolvido de forma significativa, grande parte do progresso foi perdido nas décadas seguintes à revolução de 1979, e o crescimento da economia tem sido moderado. A bem-educada população do Irã, a insuficiência econômica e a falta de investimento no país por parte do governo e de investidores estrangeiros têm levado a população a buscar empregos em outros países. Em anos recentes, o Irã tem adotado uma postura mais moderada e menos oposicionista ao Ocidente. No entanto, apesar dessa abertura, o país continua fechado e mantém uma força policial secreta para exterminar qualquer oposição sem qualquer preocupação com os direitos humanos. O governo iraniano encontra-se bastante empenhado em se tornar uma influência sobre a Ásia Central e, por isso, encara a Turquia como rival. A religião oficial do país é o islamismo, e os xiitas são a maioria. Existem pequenas minorias de bahaístas, judeus e cristãos. A Igrejavoltar ao topo A Igreja está presente no país desde épocas remotas, como do Velho Testamento. Mas, depois da chegada do islamismo no Irã, ela começou a sofrer opressão. Depois da Revolução Islâmica, em 1979, a situação da Igreja mudou drasticamente, resultando na queda do número de cristãos nas igrejas oficiais, principalmente por causa da emigração para outros países. A maioria dos cristãos é de origem armênia ortodoxa, mas há também alguns milhares de protestantes e católicos romanos. Quase todos vieram de famílias cristãs. Não se sabe exatamente o total de ex-muçulmanos. No geral, a Igreja tem crescido, e de forma estruturada, organizando os cristãos em congregações ou células.A Perseguiçãovoltar ao topo Embora os direitos de cristãos, judeus e zoroástricos sejam assegurados pela Constituição, na prática, todos são vítimas de retaliação e perseguição. As restrições e a perseguição ao cristianismo têm se multiplicado rapidamente nos últimos anos. O governo do Irã está consciente do desdobramento da Igreja nas últimas décadas. Ele tem procurado impedir e tornar impossível o crescimento dos cristãos. É permitido que igrejas ligadas a pequenos grupos étnicos, como os armênios e os assírios, ensinem a Bíblia ao seu próprio povo e em sua língua. No entanto, essas igrejas são proibidas de ministrar aos muçulmanos do grupo persa. Muitas igrejas recebem visitantes durante seus cultos, mas os cultos são monitorados pela polícia secreta. Cristãos ativos sofrem pressão. São interrogados, detidos e, às vezes, presos e agredidos. Casos mais críticos envolvem até a execução. Os muçulmanos que se convertem ao cristianismo são rotineiramente interrogados e espancados. Além disso, acredita-se que muitos homicídios não esclarecidos são praticados por radicais que freqüentemente ameaçam os cristãos de morte. Além da violência exercida pelas autoridades, os cristãos são também oprimidos pela sociedade. Eles têm dificuldade em achar e manter um emprego, pois são facilmente demitidos quando se descobre que são cristãos. Aqueles que começam um negócio próprio têm problemas em fazer a clientela. Para esses cristãos, é difícil ganhar dinheiro. Oitenta líderes da Assembléia de Deus do Irã reuniram-se para sua conferência geral anual em Karaj, quando a polícia encheu o lugar, que é propriedade da igreja, na manhã de 9 de setembro de 2003. Todos tiveram os olhos vendados e foram levados para tirarem suas digitais e serem interrogados. Apesar de a maioria ter sido libertada pela tarde, os dez pastores que estavam entre eles foram mantidos para interrogatórios por quatro dias. Quando os outros pastores foram soltos separadamente mais tarde, no dia 12 de setembro, foram estritamente alertados a não entrarem em contato com nenhum membro da igreja. Três dias depois, eles notaram a falta do pastor Hamid. Hamid Pourmand era ex-militar que se tornou pastor. Mesmo passados 25 anos de sua conversão, ele enfrentou um julgamento que poderia levá-lo à execução por deixar a fé muçulmana. Hamid foi acusado e condenado por "enganar" as forças armadas em relação a sua fé, apesar de ter apresentado uma evidência escrita de que seus superiores estavam plenamente cientes de sua conversão ao cristianismo. Sentenciado a três anos de cadeia, o ex-coronel foi dispensado de forma desonrosa do exército e privado de seus benefícios e pensão militar. Sua esposa e filhos, que ficaram sem sustento, tiveram de sair da casa em que viviam. Seus carcereiros repetidamente lhe mostravam pavilhões de execução na prisão e diziam que logo ele seria enforcado ali se não renunciasse sua fé em Cristo e não voltasse ao islamismo. Certa ocasião lhe foi dado um papel e lhe foi dito para que escrevesse suas últimas observações. "Vamos pegar e enforcar você", os guardas declararam. Numa tentativa de exaurir Hamid emocionalmente e forçá-lo a negar sua fé, seus carcereiros mentiram diversas vezes afirmando que sua esposa e filhos estavam detidos também e eram maltratados por causa dele. Mas, em uma audiência no dia 28 de maio de 2005, a corte islâmica julgou Hamid inocente, declarando que ele não tinha feito "nada errado" sob a lei islâmica. As autoridades prisionais de Teerã, de forma bastante discreta, mandaram o cristão Hamid Poumand para casa informando que ele não precisaria cumprir os 14 meses restantes de sua sentença de 3 anos. Depois da libertação, em 20 de julho de 2005, o pastor Hamid foi avisado de que freqüentar cultos poderia fazer com que sua ordem de libertação fosse revogada e ele seria mandado de volta para cumprir o restante da pena.Motivos de Oraçãovoltar ao O crescimento traz novos membros para a Igreja, mas também gera mais perseguição. Louve a Deus pelos milhares de cristãos iranianos. Ore para que a Igreja iraniana seja capaz de encontrar meios discretos e criativos para testemunhar. 2. Os líderes da Igreja têm sido duramente perseguidos. Ore pedindo proteção para os cristãos iranianos, em especial para os líderes, vítimas de severa perseguição no passado. Muitos deles foram mortos e outros vivem acuados pelo medo. 3. Muitos mártires cristãos eram chefes de família. Ore por suas viúvas, que têm de cuidar dos filhos com poucos recursos. 4. A Igreja vê a modernização com esperança. Ore por uma crescente abertura no país que resulte em melhores relações entre muçulmanos e cristãos iranianos. 5. A população tem ouvido o evangelho pela TV. Receptores de TV via satélite são muito difundidos. Ore para que as transmissões via satélite, que varrem o território iraniano, resultem em muitos frutos. 6. Muitas minorias ainda não foram alcançadas pelo evangelho. Ore pelas equipes de missionários que escolheram trabalhar com esses grupos. Ore também para que igreja iraniana desenvolva uma visão missionária por essas minorias.
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