Centenas de pessoas compartilharam no domingo (30) em Indaiatuba o sentimento de dor, misturado às lágrimas de sofrimento, pela perda irreparável de Vanda Cândido Cutolo, 40 anos, vítima de latrocínio na zona primária da Ponte Internacional Tancredo Neves, na divisa do Brasil com a Argentina, no município de Foz do Iguaçu.
(Fonte: Cosmo Online) - Vanda foi assassinada às 11h de sábado passado na frente do marido Sidnei Martins Cutolo, do filho Bruno, de 16 anos, e de sua filha Poliana, de 14 anos, no momento que faziam um fotografia turística na ponte, próximo a uma placa. Três adolescentes abordaram a família e pediram a máquina fotográfica, quando eles estavam dentro do carro.
A máquina foi entregue pelo marido, mas Vanda agachou-se no mesmo momento e um dos adolescentes disparou um tiro nas costas, que perfurou o pulmão da turista de Indaiatuba. Ela faleceu duas horas depois no Hospital das Cataratas, mesmo com o pronto atendimento das equipes médicas.
A família tem residência no Jardim Morada do Sol, em Indaiatuba, e fez a viagem turística com veículo próprio no dia 24 passado porque o sonho de Vanda era conhecer as Cataratas do Iguaçu. Antes de ir para Foz do Iguaçu, visitaram amigos em Campo Mourão (PR). O corpo de Vanda chegou no domingo (30) em Indaiatuba às 10h e o sepultamento foi às 16h30, no Cemitério Jardim Memorial de Indaiatuba, ao lado de familiares, parentes, amigos e vizinhos.
Vanda era evangélica, freqüentava a Iigreja Assembléia de Deus. “Era uma pessoa firme com Deus. O sentimento dessa separação é grande, mas a Bíblia diz: quem tem Jesus não morre, passa da morte para a vida”, lembrou o marido. Ainda chocado com a perda da esposa, Sidnei atribuiu o fato à violência urbana. “É um problema nacional, que ocorre em todos os Estados e em muitas cidades. É necessário mais segurança para todos”, lamentou.
Sidnei revelou que o assalto ocorreu um dia depois da visita ao atrativo turístico localizado no Parque Nacional. “No sábado fomos às Cataratas no lado brasileiro e depois no lado argentino. No sábado, fomos tirar fotos das placas dos lugares por onde passamos porque no dia anterior a máquina digital estava sem bateria. Paramos para fotografias e filmagem numa placa que fica a poucos metros da cabeceira da ponte”, contou.
O marido disse que, enquanto a família fazia os registros surgiram três suspeitos do meio de um matagal. “Percebi a situação e falei para ela e os filhos entrarem no carro. Quando fomos sair um ladrão veio com a arma, bateu e quebrou o vidro, pedindo para lhe entregar a câmera. Como estavam em três, um pegou a câmera e correu, mas o que estava com a arma parece que não havia percebido porque continuou pedindo a câmera. Com medo, a minha esposa se deitou no banco do carona jogando o rosto para o meu lado e foi quando ele atirou”, relatou o marido.
Atendida em poucos minutos por ambulâncias, Vanda chegou com vida ao Hospital Cataratas. “Os médicos fizeram a cirurgia, mas ela não sobreviveu porque o projétil perfurou o pulmão. Eles drenaram quatro vezes, mesmo assim ela não resistiu.
Inconformados com a perda de Vanda, os vizinhos Márcio Barbosa e sua esposa Fátima, lamentaram o ocorrido. “Há seis anos moramos em frente e nunca vi Vanda triste, ou reclamando de algo. Ela estava sempre alegre e deixou uma verdadeira lição de vida”, disse Márcio. “Evangélica, ela era uma excelente mãe e esposa. Todos da família estavam sempre juntos e unidos”, lembrou Fátima.
Francisca Alves Leonel, outra vizinha, disse que não se acostumou com o fato. “Estamos em estado de choque”, resumiu Francisca. A prima de Vanda, Adriana Cutolo, quase sem palavras também demosntrou sua dor. “Era uma boa mãe, sempre presente e dedicada em tudo o que fazia”, afirmou.
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