A Igreja Católica em El Salvador instou os deputados, para que ratifiquem as emendas à Constituição, proibindo, assim, o matrimônio entre homossexuais.O arcebispo de São Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, leu um comunicado dos bispos, numa coletiva de imprensa, no qual estes se dizem preocupados pelo fato que possa não haver um consenso "para a proteção constitucional do matrimônio".Na última quinta-feira, se previa que os deputados ratificariam as emendas a três artigos da Constituição, que estabelecem que o matrimônio só será reconhecido como a união entre um homem e uma mulher. Com essa ratificação, ficariam proibidos os matrimônios entre pessoas do mesmo sexo, assim como a adoção de crianças por parte de "casais" homossexuais.A reforma à Constituição – já aprovada em abril de 2006 – deve agora ser ratificada por maioria absoluta – 56 dos 84 deputados – o que é possível somente com o apoio da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), de esquerda.Dom Escobar Alas disse que a FMLN enviou à Igreja, uma proposta de revisão da reforma constitucional que inclui "alterações substanciais" na regulamentação civil das chamadas "uniões de fato", uma situação que o arcebispo definiu como "inaceitável, pois abre a porta para que se reconheçam aos casais homossexuais os mesmos direitos garantidos aos casais heterossexuais"."Pedimos, veementemente, que se ratifiquem as emendas à Constituição" – disse o prelado, recordando aos deputados que lhes resta poucas horas para "tomarem uma decisão pela qual o povo lhes será eternamente grato".
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