Igreja Evangelica Jesus Cristo é o Senhor: Jovens fazem passeata em Betim pelo fim da violência

domingo, 5 de abril de 2009

Jovens fazem passeata em Betim pelo fim da violência



O combate à criminalidade em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, arraigada principalmente no tráfico de drogas, é um desafio em curso para a segurança pública. Nos últimos meses, atos ousados de bandidos, como o toque de recolher imposto depois da morte de um suposto traficante, demonstraram o poderio dos cabeças do crime organizado e traçam a extensão do desafio a ser enfrentado. Num gesto simbólico de apoio à busca pela paz, na manhã desse sábado a comunidade do Bairro PTB, em caminhada, seguiu pelas ruas da cidade pedindo o fim da violência. Durante a 1ª Caminhada pela Paz, organizada pelo Movimento Avança, ligado à Igreja Católica, cerca de 100 pessoas seguiram do Centro de Betim até a Praça Milton Campos. Entre os participantes estavam membros da catequese, estudantes, líderes comunitários e políticos. Seguindo o tema da Campanha da Fraternidade deste ano – Fraternidade e segurança pública” –, uma das propostas do evento foi ligar a religião à possibilidade de retirar os jovens do caminho das drogas. A maioria dos participantes era de crianças e adolescentes. Segundo o organizador da caminhada, Cláudio Machado, a importância de envolver jovens é a possibilidade de conscientizar uma nova geração e, além disso, garantir a prevenção está entre os principais objetivos. “Semear a cultura da paz e evitar a entrada de novas pessoas no tráfico de drogas é uma das formas de garantir melhorias”, afirma. CAMPANHA Antes do início da caminhada, o bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Aloísio Jorge Pena Vitral, abençoou as crianças e as incentivou a refletir sobre a tentativa de se preparar para um mundo de paz. Segundo ele, o combate à criminalidade não é feito apenas com armamento policial, é preciso desarmar o coração, a fim de contemplar a paz. “É preciso ter olhar especial para as vítimas e é nosso nosso dever fazer a aproximação da juventude com a Igreja”, explica o bispo, que, em seguida, se refere ao lema da Campanha da Fraternidade – A paz é fruto da Justiça –, como o primeiro passo para discutir as desigualdades sociais, que são grandes geradores da criminalidade. “No evangelho, a principal preocupação se dá com as vítimas. Hoje, trata-se do criminoso, mas, muitas vezes, as vítimas são esquecidas”, afirma.

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