Por mais difícil que pareça, Brasil e Estados Unidos tentarão alcançar uma posição comum para a Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática e Aquecimento Global, que ocorrerá em dezembro, em Copenhague. A proposta de afinar as posições, para que essa parceria possa "liderar" os debates finais do acordo sobre clima, partiu do presidente americano, Barack Obama, a seu colega Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos se encontraram reservadamente na 5ª feira (09) em L'Aquila, pouco antes da reunião de cúpula do G8 (as sete economias mais industrializadas e a Rússia) e o G5 (Brasil, China, Índia, México e África do Sul).
Pelo menos na retórica, a proposta foi agarrada de imediato pelo governo brasileiro. "Oxalá venhamos a construir essa posição consolidada", afirmou o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que acompanhou o encontro. A dificuldade de conciliação dos dois países nesse tema, entretanto, emergiu da própria exposição de Obama a Lula.
O presidente americano deixou claro, na conversa, a margem estreita dos EUA para assumir compromissos mais ambiciosos no acordo de Copenhague, que fixará metas para o período de 2013 a 2020 - a segunda etapa do processo iniciado com o Protocolo de Kyoto. A definição de metas mais duras para os EUA - que se opuseram a assumir o compromisso de Kyoto - pode trazer um impacto brutal sobre a indústria americana, provocar a transferência de investimentos produtivos para a China e gerar um grave problema social, argumentou Obama.
"ESCORREGAR"
O Brasil defende uma posição bem menos tolerante com as supostas sensibilidades dos países desenvolvidos e quer compromissos mais suaves para as economias emergentes e pobres. Para os emergentes, o País não aceita metas quantitativas, apenas o compromisso de adoção de políticas de desenvolvimento que não venham a gerar mais emissões de gás carbônico.
A Obama, Lula argumentou que políticas públicas que geram cidadania, como levar luz à zona rural, significam elevação das emissões de gases do efeito estufa. Com relação aos EUA, que não aderiu ao Protocolo de Kyoto, o governo brasileiro acredita que sua proposta de aceitar a redução de 17% das emissões até 2020, em relação aos níveis de 2005, significara um corte de zero. As metas desse país teriam de ser mais rigorosas que as definidas para os países desenvolvidos, em geral.
Na conversa com Obama, Lula agregou seu temor de que, nas negociações de Copenhague, a queda de braço entre desenvolvidos e emergentes acabe no aumento da responsabilidade das economias desenvolvimento. O presidente afirmou ainda que não pretende ver as nações mais ricas "escorregarem" em seus compromissos e, como compensação, oferecerem aportes a fundos para o financiamento de iniciativas de controle das emissões de gases do efeito estufa pelos países em desenvolvimento.
O ponto de convergência entre Brasil e EUA, até o momento, está no consenso do Foro das Maiores Economias, os 17 países mais poluidores do mundo, que se deu hoje em paralelo à cúpula do G8 (as sete economias mais industrializadas e a Rússia). Os sócios concordaram hoje em adotar o princípio de que a temperatura do planeta não deve aumentar em mais de 2 graus Celsius, em relação à temperatura média registrada no período que iniciou a Revolução Industrial (século 18).
SEM ACORDO
Referendado previamente pelo G8, NA 4ª feira (8), o gesto significou a adoção de um critério científico e pragmático, que vinha sendo rejeitado por vários países, segundo o ministro Luiz Alberto Figueiredo Machado, diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty. Sua expressão, na prática, estaria na definição da meta global de corte de 50% nas emissões de gases do efeito estufa até 2050, com o compromisso de os países desenvolvidos de assumir 80% da redução. Mas, no Foro, não houve acordo sobre esse parâmetro.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, alguns países do G8 resistiram a essa responsabilização por 80% da redução das emissões até 2050. Com isso, alguns países em desenvolvimento impediram o consenso sobre o corte global de 50% nas emissões - até porque não havia acordo dentro do G-8 sobre o ano que serviria como base de cálculo. Essas aproximações terão de se dar nos próximos cinco meses, até o encontro de Copenhague O Brasil trabalha com o ano de 1990.(AE)
Pelo menos na retórica, a proposta foi agarrada de imediato pelo governo brasileiro. "Oxalá venhamos a construir essa posição consolidada", afirmou o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que acompanhou o encontro. A dificuldade de conciliação dos dois países nesse tema, entretanto, emergiu da própria exposição de Obama a Lula.
O presidente americano deixou claro, na conversa, a margem estreita dos EUA para assumir compromissos mais ambiciosos no acordo de Copenhague, que fixará metas para o período de 2013 a 2020 - a segunda etapa do processo iniciado com o Protocolo de Kyoto. A definição de metas mais duras para os EUA - que se opuseram a assumir o compromisso de Kyoto - pode trazer um impacto brutal sobre a indústria americana, provocar a transferência de investimentos produtivos para a China e gerar um grave problema social, argumentou Obama.
"ESCORREGAR"
O Brasil defende uma posição bem menos tolerante com as supostas sensibilidades dos países desenvolvidos e quer compromissos mais suaves para as economias emergentes e pobres. Para os emergentes, o País não aceita metas quantitativas, apenas o compromisso de adoção de políticas de desenvolvimento que não venham a gerar mais emissões de gás carbônico.
A Obama, Lula argumentou que políticas públicas que geram cidadania, como levar luz à zona rural, significam elevação das emissões de gases do efeito estufa. Com relação aos EUA, que não aderiu ao Protocolo de Kyoto, o governo brasileiro acredita que sua proposta de aceitar a redução de 17% das emissões até 2020, em relação aos níveis de 2005, significara um corte de zero. As metas desse país teriam de ser mais rigorosas que as definidas para os países desenvolvidos, em geral.
Na conversa com Obama, Lula agregou seu temor de que, nas negociações de Copenhague, a queda de braço entre desenvolvidos e emergentes acabe no aumento da responsabilidade das economias desenvolvimento. O presidente afirmou ainda que não pretende ver as nações mais ricas "escorregarem" em seus compromissos e, como compensação, oferecerem aportes a fundos para o financiamento de iniciativas de controle das emissões de gases do efeito estufa pelos países em desenvolvimento.
O ponto de convergência entre Brasil e EUA, até o momento, está no consenso do Foro das Maiores Economias, os 17 países mais poluidores do mundo, que se deu hoje em paralelo à cúpula do G8 (as sete economias mais industrializadas e a Rússia). Os sócios concordaram hoje em adotar o princípio de que a temperatura do planeta não deve aumentar em mais de 2 graus Celsius, em relação à temperatura média registrada no período que iniciou a Revolução Industrial (século 18).
SEM ACORDO
Referendado previamente pelo G8, NA 4ª feira (8), o gesto significou a adoção de um critério científico e pragmático, que vinha sendo rejeitado por vários países, segundo o ministro Luiz Alberto Figueiredo Machado, diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty. Sua expressão, na prática, estaria na definição da meta global de corte de 50% nas emissões de gases do efeito estufa até 2050, com o compromisso de os países desenvolvidos de assumir 80% da redução. Mas, no Foro, não houve acordo sobre esse parâmetro.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, alguns países do G8 resistiram a essa responsabilização por 80% da redução das emissões até 2050. Com isso, alguns países em desenvolvimento impediram o consenso sobre o corte global de 50% nas emissões - até porque não havia acordo dentro do G-8 sobre o ano que serviria como base de cálculo. Essas aproximações terão de se dar nos próximos cinco meses, até o encontro de Copenhague O Brasil trabalha com o ano de 1990.(AE)
que este pais Americano venha Reconhecer que o Senhor Deus e o Deus de Todos os Povos e Venham se Converter.
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