Religião
O governo de Luanda, capital da Angola, informou que irá criar uma comissão regional para analisar o fenômeno do crescimento religioso no estado. Segundo a agência de notícias Angola Press, a decisão foi tomada devido ao aparecimento de cerca de 88 novas igrejas consideradas ilegais e que, de acordo com as autoridades, são contra a ordem da sociedade.
A informação foi divulgada após uma reunião entre o governador de Luanda, Job Capapinha e os ministros da Justiça, Interior e da Cultura. No encontro eles analisaram o 'fenômeno religioso na capital' e, segundo o porta-voz Manuel Sebastião (diretor regional de Cultura), a lei permite o direito de opinião e de consciência de culto, desde que os estatutos sejam respeitados.
Mas, apesar dessas permissões, o porta-voz disse que o crescimento é preocupante pois, segundo ele, as congregações ilegais realizam práticas e condutas duvidosas. Para os líderes luandenses, as igrejas tidas como 'ilegais' são aquelas que não foram oficialmente registradas e aceitas pelo governo local. Manuel disse que cerca de 80 igrejas e 12 associações cristãs já foram reconhecidas na cidade.
O governo de Luanda está investindo pesado contra esse crescimento, pois acredita que muitas igrejas, apesar de se apresentarem como propagadoras do Evangelho, acabam realizando práticas comerciais e outras atividades que, segundo as autoridades, são impróprias e transgridem as leis e perturbam a sociedade. Eles alegam que os cristãos realizam cultos de forma desordenada e em lugares não autorizados.
Os líderes informaram que irão criar uma estratégia que reunirá vários setores da sociedade a fim de que todos reflitam sobre as leis vigentes.
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