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sábado, 7 de novembro de 2009
Três cristãos são presos e ameaçados
No dia 17 de outubro, três cristãos foram presos pelas autoridades locais e caciques por causa de sua fé, no município de Huixtan. Um quarto cristão não conseguiu enfrentar o medo de ser expulso da comunidade e concordou em obedecer as condições estabelecidas pelas autoridades. A confusão continuou durante horas depois que os cristãos foram soltos. Os cristãos haviam sido alertados que se não abandonassem a religião cristã evangélica, seriam expulsos da comunidade, perderiam suas propriedades e direitos civis. Todos são membros das igrejas Elohim e Bíblica da Comunhão dos Cristãos no México. Os evangélicos que foram presos são Pedro Vasquez Jimenez, Sebastian Hernandez Santiz e Miguel Vazquez Moshan. No dia 4 de outubro, as autoridades do ejido¹ Lazaro Cardenas Chilil convocaram uma reunião às 10h para tratar de diversos assuntos importantes da comunidade. Um dos primeiros assuntos abordados na reunião foi que um dos representantes do ejido, Manuel Sebastian Bolom Vazquez, contou sobre algumas pessoas que conhecia que haviam aceitado o evangelho. Ele declarou que não achava apropriado que os ejidatarios e avecinados da comunidade mudassem de religião ou que fossem qualquer coisa além de católicos. Ele disse que ninguém em Chilil poderia praticar alguma religião que não estivesse estabelecida na tradição, e que eles perderiam suas terras e seriam expulsos da comunidade se não renunciassem ao cristianismo. Naquele mesmo dia, os oficiais da comunidade pressionaram os outros representantes para concordar em proibir a entrada do evangelho na comunidade. Alguns dias depois, em 7 de outubro, os cristãos registraram uma queixa oficial para o presidente da região de Huixtan, onde moram, contando as ameaças feitas pelas autoridades de Chilil e a proibição contra a crença em Cristo. Por causa dessa carta, as autoridades marcaram uma reunião para o dia 17 de outubro às 17h. Na ocasião, dois assuntos seriam discutidos. O primeiro era um transformador elétrico que precisava ser substituído, e o segundo era o caso dos cristãos. “Todos no ejido estavam presentes na reunião”, disse Sebastian, um dos cristãos afetados. Três dos quatro cristãos em questão estavam presentes na reunião. Miguel Vazquez Moshan ficou em casa para jantar com a família, mas logo foi interrompido por quatro policiais que o levaram de sua casa até o local da reunião. Assim que ele chegou, foi ordenado a parar de seguir o evangelho. Sua negação inflexível de renunciar sua fé provocou uma reação imediata na multidão que começou a gritar, pedindo que ele fosse preso juntamente com os outros dois cristãos. O quarto cristão que estava na reunião não conseguiu enfrentar o medo de ser expulso da comunidade e concordou em obedecer as condições estabelecidas pelas autoridades. Um dos presos era Pedro Vasquez Jimenez, que aceitou a Cristo há quase três anos. Ele tem seis filhos, mas sua família rejeita o fato de que ele “mudou de religião”. Outro cristão, Sebastian, e sua família, começou a ouvir a Palavra de Deus há seis meses. Ele tem se encontrado com outros cristãos em casas e congregações em San Cristobal. Miguel era membro da igreja Elohim, nos arredores de Cascajal, também em San Cristobal. Ele e sua família começaram a acreditar em Deus há quarto anos, quando sua esposa ficou muito doente e o Senhor a curou milagrosamente. Eles ficaram presos até às 23h. Primeiro, Miguel foi solto, e logo depois Sebastian e Pedro também. A confusão da multidão continuou durante horas. As pessoas gritavam, ameaçam e exigiam que eles negassem sua fé. Ainda assim, os cristãos continuaram firmes. Miguel dizia para a multidão: “O que estamos fazendo não é crime. Estamos apenas buscando a vida”. No entanto, a multidão continuou gritando e pedindo que eles fossem expulsos da comunidade. Alguns começaram a alertá-los, dizendo que nunca voltassem, porque se o fizessem, seria melhor “comprar gás e queimar os cristãos”. Em meio às ameaças, Pedro respondeu a multidão dizendo que “eles poderiam fazer o que quisessem contra a Palavra de Deus, mas que não seriam vitoriosos”.
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