“Sabe… Você me faz lembrar de alguém.” “Mas eu sou alguém.” Num shopping tradicional da zona sul do Rio, o diálogo entre mim e a vendedora de uma megarrede de eletrodomésticos soaria trivial, não fosse ela a capa da Playboy de fevereiro de 1994 e uma ex-integrante do Zorra Total.
Ex-bailarina, atriz e estrela pornô, a evangélica Regina Soares de Oliveira, 38 anos, conhecida outrora como Regininha Poltergeist, é, há três meses, vendedora de geladeiras e lavadoras.
“Às vezes, um ou outro cliente me reconhece, vem falar, mas não são muitos”, conta, com alguma timidez.
A mudança, um ano depois de promover seu segundo filme pornô, deu-se após um quadro de depressão e pela necessidade de sustentar o filho Lucas, 4, num padrão mais cristão, o que faz Regininha detestar o velho apelido de filme de terror.
“Poltergeist significa ‘espírito brincalhão’. Um demônio, né? Vivi um demônio por 20 anos e deixei de mostrar quem eu era. Aceitei isso.”
Dedicação total
E por que a entrada no comércio varejista? “Eu já tinha sido vendedora. Sou bailarina formada, mas não gosto de dar aula. Prefiro o palco. Na Igreja Bola de Neve, nós temos o Ministério da Dança.” Regininha conta que fez todos os testes – “Nem sei como passei, nunca tinha usado computador na vida, tinha agente para tudo” – e foi aprovada. Hoje, ela diz que é uma pessoa feliz.
“Eu gosto de desafios. E essa coisa de vender vicia, dá vontade de ser a melhor vendedora da loja. E eu me dedico.” Indagada se gostaria de voltar ao meio artístico, Regininha silencia por alguns segundos. Pensa. E, depois, abre um sorriso.
“Sim. Mas tinha de ser um papel bem diferente.”
Ex-global com pornôs no currículo, atriz se identificou com Leila Lopes
Regininha tem uma trajetória muito parecida com a da atriz Leila Lopes, que se suicidou no mês passado. Ambas tiveram passagens pela Globo, pelo cinema pornográfico e enfrentaram diag-nósticos de depressão.
“Tomei um susto quando soube da Leila”, afirma. “Meu problema era parecido, mas Deus me permitiu continuar minha missão.” Formada em balé na Escola Maria Olenewa, a pequena nascida no Méier foi lançada nos espetáculos Santa Clara Poltergeist e Básico Instinto, no início dos anos 1990, em que o poeta Fausto Fawcett glorificava loiras como Marinara Costa – que também frequenta hoje a Igreja Bola de Neve. Regina era a santa que curava pelo sexo, ao som de “Amém, Regininha, Amém”.
As curvas abençoadas a levaram para revistas masculinas, teatro e cinema e, mais recentemente, a pornôs.
“Não me arrependo de nada do que eu fiz. Para mim, tudo isso foi um caminho necessário para me trazer até aqui. Foi um aprendizado.”
Ex-bailarina, atriz e estrela pornô, a evangélica Regina Soares de Oliveira, 38 anos, conhecida outrora como Regininha Poltergeist, é, há três meses, vendedora de geladeiras e lavadoras.
“Às vezes, um ou outro cliente me reconhece, vem falar, mas não são muitos”, conta, com alguma timidez.
A mudança, um ano depois de promover seu segundo filme pornô, deu-se após um quadro de depressão e pela necessidade de sustentar o filho Lucas, 4, num padrão mais cristão, o que faz Regininha detestar o velho apelido de filme de terror.
“Poltergeist significa ‘espírito brincalhão’. Um demônio, né? Vivi um demônio por 20 anos e deixei de mostrar quem eu era. Aceitei isso.”
Dedicação total
E por que a entrada no comércio varejista? “Eu já tinha sido vendedora. Sou bailarina formada, mas não gosto de dar aula. Prefiro o palco. Na Igreja Bola de Neve, nós temos o Ministério da Dança.” Regininha conta que fez todos os testes – “Nem sei como passei, nunca tinha usado computador na vida, tinha agente para tudo” – e foi aprovada. Hoje, ela diz que é uma pessoa feliz.
“Eu gosto de desafios. E essa coisa de vender vicia, dá vontade de ser a melhor vendedora da loja. E eu me dedico.” Indagada se gostaria de voltar ao meio artístico, Regininha silencia por alguns segundos. Pensa. E, depois, abre um sorriso.
“Sim. Mas tinha de ser um papel bem diferente.”
Ex-global com pornôs no currículo, atriz se identificou com Leila Lopes
Regininha tem uma trajetória muito parecida com a da atriz Leila Lopes, que se suicidou no mês passado. Ambas tiveram passagens pela Globo, pelo cinema pornográfico e enfrentaram diag-nósticos de depressão.
“Tomei um susto quando soube da Leila”, afirma. “Meu problema era parecido, mas Deus me permitiu continuar minha missão.” Formada em balé na Escola Maria Olenewa, a pequena nascida no Méier foi lançada nos espetáculos Santa Clara Poltergeist e Básico Instinto, no início dos anos 1990, em que o poeta Fausto Fawcett glorificava loiras como Marinara Costa – que também frequenta hoje a Igreja Bola de Neve. Regina era a santa que curava pelo sexo, ao som de “Amém, Regininha, Amém”.
As curvas abençoadas a levaram para revistas masculinas, teatro e cinema e, mais recentemente, a pornôs.
“Não me arrependo de nada do que eu fiz. Para mim, tudo isso foi um caminho necessário para me trazer até aqui. Foi um aprendizado.”
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