LAOS – Segundo o relatório desta semana da Christian Solidarity Worldwide (CSW, sigla em inglês), o grupo de cristãos expulso de sua aldeia em 2010 e que agora vive em um acampamento temporário, está impedido de voltar às suas terras e de cultivar, pois a área ao redor foi destruída.
O grupo de 18 famílias que agora vive fora da aldeia Katin, distrito de Ta-Oyl, na província de Saravan, foi retirado forçadamente por grupos armados por se recusarem a abandonar o cristianismo em dois incidentes separados em 2010 e enfrentam a fome enquanto as autoridades locais destroem suas lavouras a fim de impedir a chegada de alimentos para o grupo.
Famílias de aldeias vizinhas foram instruídas a não ajudar ou fornecer comida aos cristãos. Estes não têm acesso a uma alimentação adequada, água, saneamento e tratamento médico.
As privações são relatadas como táticas de uma tentativa de privá-los para que desistam de sua fé cristã.
As expulsões
Em janeiro de 2010, as primeiras expulsões – de 11 famílias – ocorreram à mão armada durante um culto. Em dezembro do mesmo ano, mais sete famílias de novos convertidos tiveram o mesmo destino.
Apesar do apoio internacional, a situação não melhorou e um homem do grupo morreu.
Em março de 2010, o Sr. Bounma, chefe do distrito de Ta-Oyl, reuniu-se com o grupo e pediu que reconsiderassem sua decisão de seguir a fé cristã e os incentivou a renúncia, mas eles não aceitaram.
Constituição
Embora o país comunista do Laos tenha em sua Constituição uma proteção de liberdade de religião e crença, as afirmações e ameaças do Sr. Bounma contradizem: ele não permite o cristianismo em seu distrito e o grupo foi ameaçado de ser expulso caso se recusassem a renunciar à sua fé (cristã).
A Constituição de Laos fornece proteção para o seu povo para a prática de uma religião de sua escolha, sem discriminação. Contudo, a proteção legislativa é fraca e a implementação a nível local pode ser arbitrário. O budismo theravada é a religião dominante no Laos, e por isso, as minorias religiosas, incluindo cristãos, enfrentam importunações.
O diretor nacional da CSW, Stuart Windsor, “exorta o governo do Laos para aderir à proteção constitucional conferida a todos os seus cidadãos e permita assim que os moradores de Katin retornem às suas casas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário