Igreja Evangelica Jesus Cristo é o Senhor: Obama reconhece que pode armar oposição a Khadafi

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Obama reconhece que pode armar oposição a Khadafi


Obama: ‘basta que as pessoas e os países responsáveis não façam nada para que o mal triunfe’. Um discurso no melhor estilo Martin Luther King (‘o silêncio dos bons’) para justificar fornecimento de armas a rebeldes (Foto: Agência Senado - arquivo) O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou ontem que há a possibilidade de fornecer armas à oposição na Líbia. Ele optou, no entanto, por um tom de cautela no discurso, informando que os conflitos na região estão sendo avaliados. Obama disse também que o presidente líbio, Muammar Khadafi, deverá ceder e deixar o poder que ocupa há quase 42 anos. Segundo ele, a comunidade internacional agiu bem ao adotar a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia. - O que nos ensinaram as guerras que não foram impedidas é que vidas inocentes não puderam ser salvas e que basta que as pessoas e os países responsáveis fiquem à margem e não façam nada para que o mal triunfe. Hoje, na Líbia, mostramos o que é possível quando encontramos coragem, quando cumprimos as nossas obrigações, quando nos unimos - afirmou Obama. Ontem (29), líderes políticos que compõem entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Liga Árabe, além de representantes de 40 países, se reuniram extraordinariamente em Londres para discutir o agravamento da crise. Ao final, decidiram manter a pressão sobre Khadafi. Desde o último dia 19, forças aliadas - lideradas pelos EUA, a França e a Grã-Bretanha - atacam a Líbia sob o argumento de que protegem o país. Tropas aliadas a Khadafi avançam sobre cidades petrolíferas e oposição recua A oposição a Khadafi foi forçada hoje a recuar devido aos avanços das tropas aliadas do governo, que retomaram o controle da cidade de Ras Lanuf. Com a ocupação das forças leais a Khadafi, os oposicionistas fugiram para Brega. As duas cidades são centros petrolíferos no Leste do país. De acordo com relatos, os leais a Khadafi estão em vantagem e os rebeldes parecem ter perdido a força de vontade de lutar, ainda que planejem voltar à cidade ainda hoje. Depoimentos informam que hoje houve intensos ataques das forças de Khadafi na cidade de Misrata, assim como em Ras Lanuf e Bin Jawad. A rádio Voz da Líbia Livre, controlada pela oposição, informou que o recuo foi uma ação “tática” por causa da ausência de ajuda aérea. No Leste da Líbia, em Ajdabiya, há relatos de que os rebeldes não têm o poder de fogo para enfrentar as tropas de Khadafi. O recuo da oposição começou ontem. A reunião internacional sobre a Líbia, que ocorreu ontem em Londres, foi concluída com a decisão de montar um grupo - que inclua governos árabes - para coordenar a eventual ajuda à Líbia caso Khadafi deixe o poder. Uganda oferece asilo político a Khadafi No poder há 25 anos, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, ofereceu hoje asilo político a Khadafi, que ocupa o comando do país há quase 42 anos. O secretário de imprensa da Presidência da República de Uganda, Tamale Mirundi, disse que Khadafi será bem-vindo, se quiser viver no país. O governo de Uganda é o primeiro a anunciar disposição de receber Khadafi, cujos bens e de seus parentes estão bloqueados. As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa. Na sua história política, Uganda já foi governada por Idi Amin - apontado como um dos governantes mais cruéis e sanguinolentos do mundo - que ocupou o poder por mais de 10 anos. Em fevereiro, houve eleições e Museveni foi reeleito. Em Uganda, o multipartidarismo é proibido. Porém, segundo analistas políticos, Museveni é indicado como um governante que estabeleceu a ordem política, social e econômica no país. Ele condenou violações de direitos humanos e retomou relações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Egito se prepara para eleições presidenciais em dezembro Até dezembro, o Conselho Supremo das Forças Armadas, que exerce o governo provisório no Egito, planeja realizar as eleições presidenciais no país. Antes do processo em que os egípcios escolherão o primeiro presidente eleito, depois de 23 anos de Hosni Mubarak no poder, ocorrerão as eleições legislativas em setembro. O anúncio foi feito pelo conselho durante a apresentação de uma “declaração constitucional”. O ato representa a garantia do período de transição política, antes do regresso ao poder de um regime civil. Em setembro, os eleitores do Egito irão às urnas para a escolha dos representantes para as duas câmaras do Parlamento egípcio - a Assembléia do Povo (Câmara dos Deputados) e a Choura (Conselho Consultivo ou Senado). No último dia 19, houve um referendo sobre a revisão da Constituição - a maioria, 77% dos eleitores, votou em favor da reforma constitucional. Pela reforma proposta, deve acabar o Estado de Emergência imposto no regime Mubarak e serem ampliados os poderes do Conselho Supremo das Forças Armadas. O texto aprovado informa ainda que o Egito é um Estado democrático, baseado em um princípio de cidadania, bem como confirma que o islamismo é a religião do Estado. Mubarak renunciou em fevereiro, após protestos internos contra o governo e a pressão da comunidade internacional e o conselho assumiu o governo. Manifestantes ocuparam as ruas do Cairo durante dias protestando contra a ausência de liberdade de expressão e política, além de denunciarem situações de corrupção envolvendo o governo.

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