Centenas de muçulmanos de Paris (França) usaram ontem (16) um quartel desativado de bombeiros no norte da cidade como local de orações.
Foi o primeiro dia da validade da lei que proíbe as pessoas de rezar nas ruas. A França tem 5 milhões de muçulmanos.
A lei vale para todos os credos, mas na prática ela foi elaborada para os muçulmanos. A polícia foi orientada a agir contra quem desrespeitá-la.
Com o apoio da extrema-direita, tendo à frente Marine Le Pen, a proibição foi aprovada após uma acalorada polêmica. Os políticos direitistas acreditam a lei vai ajudá-los na eleição presidencial, daqui a sete meses.
O xeque Mohamed Salah Hamza supervisiou as orações no quartel. Ele disse que se trata do começo de uma solução. "Os fieis estão muito satisfeitos de estar aqui. O local, que abriga 2 mil pessoas, está cheio."
Alguns ativistas islâmicos, contudo, reforçaram as críticas de que se trata de uma lei que oficializa a intolerância religiosa de Estado.
O ministro Claude Gueant, do Interior, disse que o governo vai construir em Paris galpões de oração.
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