A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT) publicou uma nota em seu site na qual apoia o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP) na decisão que pode levar à suspensão do registro profissional da psicóloga evangélica Marisa Lobo.
A psicóloga recebeu do CRP um ultimato para que exclua das redes sociais conteúdos que relacionem sua prática profissional à sua religião. No dia 24 de fevereiro de 2012 ela rejeitou a determinação do CRP e entregou sua defesa reafirmando que não negará sua fé em Cristo.
As denúncias feitas contra Marisa Lobo alegam que ela tem induzido as pessoas à sua fé religiosa e se baseiam no artigo Art. 2º, letra b do Conselho de Ética, que diz ser vedado ao psicólogo “induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais”.
O texto publicado pela ABGLT se posiciona em defesa do Conselho de Psicologia afirmando que a psicóloga não foi orientada a mudar sua prática como cristã, mas que o conselho estaria em “busca de correção das faltas éticas que estão sendo praticadas”.
Em um trecho de sua nota a associação diz: “Solicitamos ao Ministério Público e às autoridades competentes que tomem as providências cabíveis neste caso e que verifiquem se o caso se enquadra na prática do charlatanismo, dado o sistemático prejuízo que a psicóloga tem causado às lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”.
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