Investigações da polícia acerca da motivação que teria levado Eduardo Cavalcanti, filho adotivo do reverendo Robinson Cavalcanti, a assassinar os pais apontam que, aos 29 anos, Eduardo teria arquitetado o crime por se sentir abandonado.
Os primeiros depoimentos do caso conduziram a polícia à teoria de que Eduardo Cavalcanti se sentia abandonado e teria premeditado executar os dois desde que chegou ao Brasil, após 13 anos vivendo nos Estados Unidos, onde teve passagens na cadeia por posse de drogas.
O delegado responsável pelas investigações, Joselito Kehrle do Amaral, que lidera o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirma que seis pessoas já prestaram depoimento e revelaram que Eduardo voltou para o Recife tomado por um sentimento de vingança. Segundo o delegado testemunhas informaram que o rapaz acusava os pais de tê-lo deixado entregue à própria sorte nos Estados Unidos.
“Uma das testemunhas ouvidas presenciou o momento em que Eduardo atacou a mãe e o pai a facadas. Essa pessoa relatou que o bispo chegou a perguntar por que o filho estava atacando os dois, e o rapaz teria dito que tinha sido abandonado”, informou o delegado.
De acordo com o Jornal do Comércio de Pernambuco o delegado disse ainda que detalhes maiores sobre o ocorrido só poderão ser apurados após o depoimento de Eduardo Cavalcanti: “É preciso ficar claro que as testemunhas garantiram que os pais do acusado sempre fizeram tudo por ele. Essa percepção de ter sido abandonado é uma percepção subjetiva do suspeito”, completou o delegado.
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