Depois do caso de espancamento de um homossexual ocorrido em dezembro de 2011, presos da “ala evangélica” do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo Carumbé, são acusados de leiloar travestis em troca de favores.
De acordo com a denúncia feita pelo presidente da ONG Livremente, Clóvis Arantes, à Rádio CBN Cuiabá, os presos evangélicos usavam os travestis como moeda de troca dentro do centro prisional. Segundo Arantes, a cada favor que os outros presos faziam para a ala evangélica, um travesti era leiloado para ser sexualmente molestado pelos demais presos.
De acordo com o PnB online a diretoria do Centro de Ressocialização de Cuiabá interviu no caso, criando, como forma de coibir a ação dos presos ditos evangélicos, uma ala específica para acomodar os presos que se assumem como homossexuais. Denominado de Ala Arco Íris, o espaço criado no CRC abriga atualmente 8 presos.
O presidente da ONG, que tem como objetivo trabalhar para que os demais presídios de Mato Grosso adotem a criação de uma ala específica para homossexuais, conta que visitou a Ala Arco Íris e que esse é um meio de evitar que esses presos sofram abusos. “Agora elas podem usar brincos, deixar o cabelo comprido e estão trabalhando na Ala Arco Íris”, afirmou Arantes, que disse ainda que outra luta que está sendo travada pela ONG Livremente defende que os travestis sejam tratados pelo seu “nome social”.
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