A
presidente Dilma Rousseff discursou na abertura da Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU) e abordou o que classificou de
“preconceito islamofóbico” do ocidente, além de defender a criação de um
Estado Palestino pleno.
Em seu discurso, a presidente Dilma afirmou que a posição do Brasil é
contrária ao preconceito contra a religião islâmica: “Como presidenta
de um país no qual vivem milhares e milhares de brasileiros de confissão
islâmica, registro neste plenário nosso mais veemente repúdio à
escalada de preconceito islamofóbico em países ocidentais. O Brasil é um
dos protagonistas da iniciativa generosa ‘Aliança de Civilizações’,
convocada originalmente pelo governo turco”.
A defesa pela criação de um Estado Palestino foi defendida pela
presidente sob o argumento de proporcionar paz à Israel: “Reitero minha
fala de 2011, quando expressei o apoio do governo brasileiro ao
reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno das Nações Unidas.
Acrescentei, e repito agora, que apenas uma Palestina livre e soberana
poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus
vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política
regional”, afirmou Dilma Rousseff, dirigindo-se a Vuk Jeremic,
presidente da Assembleia Geral da ONU.
O pastor Silas Malafaia
classificou o discurso da presidente como “um dos mais desastrosos e
medíocres discursos feito por um estadista brasileiro nas Nações
Unidas”, enquanto que o jornalista Reinaldo Azevedo taxou o posicionamento da presidente como “tosco”.
Malafaia publicou comentários sobre o assunto numa matéria em seu
site, e afirmou que a fala de Dilma se deu fora de contexto: “Nunca vi
uma coisa tão descabida fora da realidade, como a afirmação da
presidente Dilma Rousseff, de que no ocidente existe uma Islamofobia.
Pergunto: Em que nação do ocidente houve o impedimento para a construção
de uma mesquita? Em que nação do ocidente um islâmico é proibido de
praticar a sua fé? Em que nação do ocidente eles são perseguidos,
presos, e ateiam fogos em suas mesquitas? Que declaração estúpida da
presidente, querendo fazer média com as nações muçulmanas. Porque em
qualquer país democrático do ocidente eles são livres para suas práticas
religiosas”, argumentou Malafaia.
Reinaldo Azevedo afirmou em seu blog no site da revista Veja que a
presidente Dilma “disse duas ou três coisas certas e uma porção de
mistifcações e sandices”. Segundo Azevedo, “era errada a impressão de
que a política externa brasileira havia passado por uma inflexão no
governo Dilma. A presidente, em muitos aspectos, conseguiu fazer um
discurso ainda mais raso e tosco do que aqueles que tão bem
caracterizaram seu antecessor. Infelizmente, esses são os fatos”,
criticou.
Silas Malafaia ressaltou que a presidente Dilma perdeu a oportunidade
de ponderar a respeito da perseguição a cristãos em países muçulmanos e
citou a falta de envolvimento dela na luta pela libertação do pastor
Yousef Nadarkhani, no Irã.
-A presidente Dilma perdeu sim, a oportunidade de falar da
Cristofobia, onde nos países muçulmanos como Indonésia, Nigéria, Irã e
etc… pastores e cristãos são presos e assassinados, igrejas com gente
dentro são queimadas, proibição de abertura de igrejas cristãs, e uma
verdadeira perseguição religiosa. A presidente perdeu a oportunidade de
falar sobre isso, pois o Brasil é composto de 90% de cristãos, e aqui no
nosso país não existe nenhum tipo de perseguição ou retaliação aos
muçulmanos. Que vergonha! A presidente Dilma perdeu a oportunidade de
ficar de boca fechada sobre este assunto. Não vimos nenhum movimento
dela em favor da libertação do pastor Youcef no Irã, preso pelos
intolerantes islâmicos – afirmou o pastor da Assembleia de Deus Vitória
em Cristo.
Sobre a criação de um estado soberano na palestina, Malafaia
questionou as exigências e a falta de representantes democráticos do
povo palestino no comando da Autoridade Palestina: “Israel é o único
Estado democraticamente pleno no Oriente Médio. Os que governam os
palestinos são grupos terroristas que pregam a eliminação do Estado de
Israel, e que praticam atentados contra a soberania deste Estado. Como
Israel poderá reconhecê-los?”, observou, lembrando ainda da questão
envolvendo Jerusalém: “Os palestinos querem Jerusalém como sua capital.
Como isto pode acontecer se Jerusalém é a capital do Estado de Israel,
foi fundada pelo rei Davi, e Jerusalém, na história, nunca foi capital
de Estado Árabe? Como um Estado soberano vai dividir sua capital?”.
Malafaia ainda afirmou que o território de Israel pertence ao povo
hebreu a milênios, e por isso não podem ser entregues aos palestinos:
“Israel ocupa 1% de todo território, não se engane com a propaganda. Os
palestinos são de origem árabe, não possuem cultura palestina, possuem
uma língua e cultura árabes. Milenarmente aquelas terras pertencem a
Israel, creio que haverá paz (tirando aqui a questão escatológica e
espiritual) quando eles reconhecerem o Estado de Israel como uma nação
soberana”.
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