O reverendo Hernandes Dias Lopes, da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (ES) escreveu em seu Facebook sobre o misticismo presente na igreja brasileira.
Segundo o líder religioso, algumas igrejas trocam o evangelho da
graça por rituais estranhos às Escrituras. “O misticismo de algumas
igrejas brasileiras beira ao ridículo”, afirma.
De acordo com Lopes, algumas igrejas têm entre seus líderes obreiros
inescrupulosos que, em nome de Deus, “torcem a Palavra de Deus, e
conduzem o povo pelos atalhos sinuosos do engano para auferir vantagens
pessoais”.
Entre os elementos que associa ao misticismo, ele cita a rosa ungida,
água benzida, sal grosso, toalhas suadas, que, ao seu ver, distanciam
as pessoas da “pureza e simplicidade do evangelho”.
Muitos desses elementos são distribuídos e até vendidos em igrejas
neopentecostais. Esse segmento da igreja evangélica estão entre os que
mais crescem em número de fiéis no Brasil.
O teólogo Wemerson Marinho, em sua análise “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal” citado pelo jornalista Johhny Bernardo
diz que nas igrejas neopentecostais existe a falta de uma liturgia
eclesiástica e a pouca atenção dada às Escrituras Sagradas como a única
regra de fé e conduta. Não somente isso, mas também a falta de estudo e
discipulado consistente fazem com que os indivíduos que recorrem aos
templos neopentecostais permaneçam adeptos de crendices e continuem a
praticá-las.
Marinho explica que os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia e
a se basear apenas em suas experiências. “Este é um dos grandes
problemas dos neopentecostais, pois eles colocam suas experiências acima
da Bíblia e dão a ela uma interpretação particular fora dos recursos
hermenêuticos”, diz.
Segundo Hernandes Dias Lopes, expedientes como os objetos e práticas
místicas “atraem multidões, mas não levam o povo à fonte da salvação”.
“Precisamos erguer nossa voz e dizer que esse misticismo é um outro evangelho, um falso evangelho”, conclui Lopes.
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