O Salmo 23 (ou, pela numeração da Septuaginta, o Salmo 22) é atribuído ao Rei David, conforme a tradição judaica, David teria escrito este salmo quando estava cercado num oásis, à noite, por tropas de um rei inimigo, daí o Salmo inserir tamanha confiança na Providência Divina contra os inimigos. Na tradição católica, o salmo é rezado para afastar perigos e perseguições, sendo uma das orações mais poderosas. Alguns especialistas judaicos afirmam que há elementos cabalísticos em sua recitação em hebraico. É considerado o mais conhecido salmo bíblico.
David era o irmão mais novo, entre os numerosos filhos de Jessé. O pai escolheu-o para pastor. O jovem pastor David, segundo o relato bíblico do livro do profeta Samuel, quando inspirado por força divina, matava as feras para defender as ovelhas do seu rebanho. Daí a forte referência pastoril em "O Senhor é meu pastor". Existem várias referências ao pastor e às ovelhas na Bíblia, sendo interessante pensar nas condições e locais da época assim como as ferramentas do pastor:
águas de descanso - pequenas lagoas onde as ovelhas bebem água.
vara - usada para enfrentar e afugentar animais selvagens.
cajado – usado para puxar as pernas das ovelhas quando se prendem ou içá-las quando caem.
óleo – azeite usado para tratar os ferimentos das ovelhas.
O Senhor é o Deus Eterno, o Deus que fez uma aliança com Israel. Os nomes compostos de Deus no AT refletem o conteúdo deste salmo.
“Nada me faltará” – Adonay Yiré – “O Senhor que vê e provê” (Gn 22.14)
“Águas de descanso” – Adonay Shalom – “O Senhor é Paz” (Jz 6.24)
“Refrigera-me a alma” – Adonay Rafá – “O Senhor que te cura” (Ex 15.26)
“Veredas da justiça” – Adonay Tsidkenu – “Senhor, Nossa Justiça” (Jr 33.16)
“Tu estás comigo” – Adonay Shamá – “O Senhor está Ali” (Ez 48.35)
“Na presença dos meus adversários” – Adonay Nissi – “O Senhor é a minha bandeira” (Ex 17.15)
“Unge a minha cabeça” – Adonay Mekadesh – “O Senhor que me Santifica” (Lv 20.8)
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