Assim como a capital, o Estado é o quarto maior do País em números de evangélicos, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Brasil, este número acresceu de 15,41% para 22,16%.
Segundo o IBGE, a categoria que registrou maior crescimento do número de seguidores na Bahia foi a Igreja Batista, que em 2000 contava com 2,85% da população. Hoje, este número cresceu para 3,3%. Em contrapartida, a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) apresentou decréscimo no número de adeptos no Estado, passando de 1,06% para 1,03%.
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O pastor da Igreja Batista Nazareth, Djalma Torres, considera pequeno o crescimento da população que se declara batista e afirma que o acréscimo se deu por conta do maior reconhecimento da instituição dentre as igrejas pentecostais. Para o religioso, os fiéis têm recebido melhor acolhimento nos templos batistas, que seguem uma linha tradicional.
"Os batistas brasileiros são sérios, não são intolerantes, embora não sejam ecumênicos, e fogem dos extremos: não são tão tradicionais como a Igreja Católica nem prezam pela valorização do dinheiro e do poder, como é visto na Igreja Universal do Reino de Deus", afirmou.
Torres acrescenta que há atualmente um grande trânsito de fiéis nas diversas vertentes evangélicas. O fenômeno, de acordo com Torres, revela uma insegurança por parte da população, que busca, na maioria das vezes, um local onde seus pedidos e interesses sejam atendidos com maior rapidez.
"É comum observar pessoas que começam frequentando uma igreja e, depois, passam para outra porque não ficaram satisfeitas. Essa é uma característica marcante do mundo de hoje, que é muito instável e segue o viés da sociedade capitalista", completou o pastor.
Ele acrescenta que este fenômeno de trânsito entre as igrejas não entusiasma os estudiosos da área, pois, segundo acredita, tem causado uma banalização das religiões evangélicas pentecostais.
"Falta um sentimento de cuidado e acolhida por parte dessas igrejas para com o ser humano. Muitas delas buscam apenas o enriquecimento, o poder, e isso está distante dos fundamentos das igrejas pentecostais, que deveriam prezar pela simplicidade", criticou Torres.
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