Cairo, 17 ago (EFE).- Um dos filhos do líder da Irmandade Muçulmana no
Egito, Mohammed Badia, morreu neste sábado devido aos ferimentos que
sofreu durante os distúrbios de sexta-feira no bairro de Ramsés, na
capital Cairo, informou a organização islâmica.
Emar Mohammed
Badia, de 38 anos e engenheiro de computação, recebeu tiros na cabeça,
segundo o site da Irmandade. Ele participava das manifestações nos
arredores da mesquita de Al Fattouh quando foi atacado, com
companheiros, por "milícias" do chefe do exército, Abdel Fatah al Sisi,
disse a organização.
O bairro de Ramsés foi ontem palco de
violentos enfrentamentos entre partidários e opositores de Mohammed
Mursi, presidente do país que foi deposto e pertenceu à Irmandade até
assumir a chefia de Estado, em junho de 2012.
Segundo as últimas
informações da organização, mais de 200 pessoas morreram ontem na
capital e em outras províncias em atos de violência durante os
manifestações dos partidários de Mursi após a oração muçulmana do
meio-dia.
Ontem, a Irmandade convocou seus simpatizantes a sair
às ruas durante uma semana "para derrubar o golpe". Mursi foi deposto no
dia 3 de julho em um golpe de estado militar precedido por grandes
protestos de seus opositores, que pediam eleições presidenciais
antecipadas.
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