São muitas e diversificadas as formas de apoio às crianças e jovens dos bairros degradados da área metropolitana de Lisboa. Mas a mais recente é também a mais inesperada.
Através da música erudita é possível mostrar um caminho diferente a quem cresce em ambientes onde impera a marginalidade e a estrutura familiar é muito frágil.O conceito chegou a Portugal em 2007, mas na Venezuela já deu provas ao longo de três décadas. O Sistema de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela teve efeitos surpreendentes e, garantem os responsáveis, a criminalidade violenta nas favelas diminuiu.
O ensino da música chega assim aos mais novos através de um método único que se afasta das tradicionais aulas. Com o ‘Sistema’, como ficou conhecido na Venezuela, «os alunos, na posse dos instrumentos, vão imitando aquilo que o professor faz através da execução de melodias muito simples baseadas em canções populares», como explica ao SOL António Wagner Diniz, presidente da Escola de Música do Conservatório Nacional e um dos responsáveis pelo projecto.
Por cá, o sistema venezuelano arrancou no passado ano lectivo com o projecto Orquestra Geração e começou por trabalhar com jovens em bairros da Amadora e de Vialonga. Os alunos vão pisando já alguns palcos em concerto.Dois instrumentistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa e da Orquestra Gulbenkian, também eles formados pelo sistema venezuelano, supervisionam o projecto nos bairros, assistidos por uma antropóloga que faz o acompanhamento social.O objectivo é «integrar as crianças ou jovens na sociedade, aumentando-lhes a auto-estima e o respeito pelo outro, de forma a atingir-se um desenvolvimento harmonioso da sua personalidade e combater o absentismo escolar ou a saída para a marginalidade» adianta António Wagner Diniz.Neste momento existem três orquestras – bairros da Boba e Mira, na Amadora, e Escola de Vialonga, em Vila Franca de Xira – que abrangem 183 crianças. «Vamos envolvendo as famílias, que vão ajudando os filhos na deslocação e envolvem-se na programação», descreve o director.A ‘importação’ do sistema venezuelano nasceu de uma parceria entre a Câmara Municipal da Amadora e o Conservatório Nacional, numa altura em que o financiamento estava a cargo da autarquia, da Fundação Gulbenkian e do programa EQUAL. Mais tarde, juntaram-se parceiros privados, como a fundação EDP. Em Vialonga, os apoios são garantidos pelo Ministério da Educação e na Amadora é o grupo Chamartin-Dolce Vita que cumpre esse papel.Perante o êxito da iniciativa, e tendo a Venezuela como exemplo, os responsáveis pelo projecto sonham constituir dentro de cinco anos uma grande Orquestra Geração da área metropolitana de Lisboa, envolvendo o maior número possível de municípios.Na Venezuela, o Sistema Nacional de Orquestras integra já 250 mil crianças em mais de 100 orquestras. Ao longo de 33 anos já formou mais de 400 mil jovens. Muitos fazem hoje da música profissão.
O ensino da música chega assim aos mais novos através de um método único que se afasta das tradicionais aulas. Com o ‘Sistema’, como ficou conhecido na Venezuela, «os alunos, na posse dos instrumentos, vão imitando aquilo que o professor faz através da execução de melodias muito simples baseadas em canções populares», como explica ao SOL António Wagner Diniz, presidente da Escola de Música do Conservatório Nacional e um dos responsáveis pelo projecto.
Por cá, o sistema venezuelano arrancou no passado ano lectivo com o projecto Orquestra Geração e começou por trabalhar com jovens em bairros da Amadora e de Vialonga. Os alunos vão pisando já alguns palcos em concerto.Dois instrumentistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa e da Orquestra Gulbenkian, também eles formados pelo sistema venezuelano, supervisionam o projecto nos bairros, assistidos por uma antropóloga que faz o acompanhamento social.O objectivo é «integrar as crianças ou jovens na sociedade, aumentando-lhes a auto-estima e o respeito pelo outro, de forma a atingir-se um desenvolvimento harmonioso da sua personalidade e combater o absentismo escolar ou a saída para a marginalidade» adianta António Wagner Diniz.Neste momento existem três orquestras – bairros da Boba e Mira, na Amadora, e Escola de Vialonga, em Vila Franca de Xira – que abrangem 183 crianças. «Vamos envolvendo as famílias, que vão ajudando os filhos na deslocação e envolvem-se na programação», descreve o director.A ‘importação’ do sistema venezuelano nasceu de uma parceria entre a Câmara Municipal da Amadora e o Conservatório Nacional, numa altura em que o financiamento estava a cargo da autarquia, da Fundação Gulbenkian e do programa EQUAL. Mais tarde, juntaram-se parceiros privados, como a fundação EDP. Em Vialonga, os apoios são garantidos pelo Ministério da Educação e na Amadora é o grupo Chamartin-Dolce Vita que cumpre esse papel.Perante o êxito da iniciativa, e tendo a Venezuela como exemplo, os responsáveis pelo projecto sonham constituir dentro de cinco anos uma grande Orquestra Geração da área metropolitana de Lisboa, envolvendo o maior número possível de municípios.Na Venezuela, o Sistema Nacional de Orquestras integra já 250 mil crianças em mais de 100 orquestras. Ao longo de 33 anos já formou mais de 400 mil jovens. Muitos fazem hoje da música profissão.
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