Além de um abaixo-assinado na internet, evangélicos prometem uma grande manifestação para o dia 1º de junho contra a criminalização da homofobia. Enquanto grupos que lutam pelos direitos dos homossexuais batalham para ver as condutas preconceituosas ou violentas praticadas contra eles criminalizadas, correntes conservadoras – em sua maioria ligadas à igreja – planejam um contra-ataque. Além de um abaixo-assinado na internet contra o projeto de criminalização da homofobia, que já tem mais de 50 mil assinaturas, eles prometem uma grande manifestação para o dia 1º de junho contra a criminalização da homofobia. – Dia 1º de junho estarei em Brasília. Os homossexuais dizem que reuniram 5 mil pessoas. A sociedade não está nem aí para esses caras. Não sou exagerado, garanto que de 10 e 15 mil pessoas estarão lá – anuncia o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia. O temor de segmentos das igrejas católica e evangélica é de que estejam na iminência de perder o direito à livre manifestação de suas crenças, como, por exemplo, pregar que homossexualidade é pecado.
Num tom muitas vezes agressivo, Malafaia diz que no Brasil é permitido criticar pastores, padres e o presidente de República, “mas criticar homossexuais é crime”. Ele afirma que condenar a prática homossexual é diferente de discriminar pessoas. E não vê semelhança entre o que é pleiteado pelos gays com as vitórias alcançadas por negros, com a criminalização do racismo, e das mulheres, com a Lei Maria da Penha. – Isso é uma afronta, ninguém pede nascer negro. A sociedade brasileira é conservadora e o estado democrático de direito deve respeitar e proteger as minorias, mas não pode sobrepujar o direito da maioria – argumenta. – Ser homossexual é um direito, mas não posso ser discriminado pela minha fé. Um soco num homossexual dói tanto como num hetero. Para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o maior problema é que o projeto “foi mal feito”. O advogado da instituição, Hugo Sarubbi, afirma que todas as condutas presentes na proposta já são tipificadas por outras leis. Mas o temor de que as manifestações de fé sejam barradas também aflige os católicos. Ele ressalta, no entanto, que a igreja participou do lançamento do selo contra a homofobia e que está aberta ao diálogo, principalmente, se for para debater propostas que combatam a violência e a discriminação. E que ser contra a prática homossexual não significa ser conivente com comportamentos contra os homossexuais. – Da forma como foi construído, o projeto vai submeter a sociedade a um grau de subjetividade muito grande. A senadora Marta Suplicy (PT-SP) acrescentou emenda para permitir que manifestações pacíficas baseadas na fé não seriam criminalizadas. Essa exceção tem que nortear todo o processo – avalia. |
Sede Própria Nacional: Rua A- Bairro João Dudu, nº 75 em Ubatã - Bahia - Brasil, CEP- 45550-000 CNPJ.09.253.297/0001-71 Pastor Presidente Nacional do Ministerio José Carlos Marques dos Santos Vice- Presidente Nacional do Ministerio Missionaria Maria Lucia Souza Santos.
domingo, 22 de maio de 2011
Brasil - Evangélicos prometem contra-ataque à luta pela criminalização da homofobia
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