Igreja Evangelica Jesus Cristo é o Senhor: G20: Igreja preocupada com monopólio da temática econômica

sábado, 5 de novembro de 2011

G20: Igreja preocupada com monopólio da temática econômica


Em documento, a Conferência Episcopal Inglesa

adverte que se os líderes do G20

não incluírem em sua agenda o

desenvolvimento, a crise econômica pode se perpetuar.


A presidente brasileira, Dilma Rousseff,

defendeu nesta quinta-feira a criação de um piso global de renda,

proposta apresentada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho)

como medida de proteção mundial.


“Tem efeito inequívoco contra a crise.

O Brasil não irá se opor a uma taxa financeira mundial,

se isso for um consenso entre os países a favor da ampliação

dos investimentos sociais”,

disse Dilma durante a reunião.


Dilma Rousseff voltou a defender os investimentos sociais como medida anticrise.

"A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe

média foi não somente uma imposição moral

como também uma questão de enfrentamento econômico."


Em almoço que marcou o início da reunião do G20,

a presidente também afirmou que o Brasil está disposto a contribuir com o FMI

(Fundo Monetário Internacional)

para auxiliar na solução para a crise financeira que atinge a Europa.


Todavia, o enfoque somente na questão econômica preocupa a Igreja em geral.

Os bispos ingleses alertaram para o risco de que esse tema monopolize

os debates, em detrimento de problemáticas como

a luta à pobreza e as mudanças climáticas.


Num documento preparado pela analista econômica Christina Weller,

a Conferência Episcopal Inglesa adverte que se os líderes do

G20 não incluírem em sua agenda o desenvolvimento,

a crise econômica pode se perpetuar.


''A única preocupação dos governos parece ser estabilizar

os mercados depois do choque financeiro determinado

pelas ajudas à Grécia para salvá-la da falência", lê-se no documento.


Também a Conferência Episcopal da Tanzânia

divulgou um comunicado criticando o livre mercado:

"Este sistema cria e mantém grandes desigualdades

na distribuição da renda. A globalização, em algumas

regiões, agravou esses desequilíbrios".


Enquanto em Cannes o tema predominante

é a crise econômica, os Bispos da Tanzânia

pedem que se redescubra "uma perspectiva

moral na qual bem comum e solidariedade se

tornem questões políticas globais".


G20 tenta fechar plano para conter crise europeia


Entre as possíveis alternativas discutidas na reunião

está a disponibilização de centenas de bilhões

de dólares em linhas de crédito pelo FMI,

para dar garantias a países em dificuldades para honrar suas dívidas.


Espera-se ainda que o comunicado final

do encontro, que deve ser divulgado na

tarde desta sexta-feira, traga um

compromisso dos países com altos

déficits de controlar suas contas

e de países com grandes superávits

comerciais de estimular seus

mercados internos para eliminar


os desequilíbrios na economia mundial.


Ainda assim, grande parte da

atenção deverá estar voltada

à Grécia, onde o premiê George

Papandreou enfrenta um voto de

confiança no Parlamento, o que

contribui para as incertezas em relação ao plano de resgate do país.


Solução europeia


Vários líderes presentes na cúpula

manifestaram a necessidade de

uma solução clara e rápida para

a crise que vem ameaçando se


alastrar pelos países da zona do

euro e contaminar a economia global.


Em declarações na noite

de quinta-feira, o

anfitrião da cúpula,

o presidente da França,

Nicolas Sarkozy,

disse que a zona

do euro precisa

apresentar uma

solução rápida

para garantir o

futuro da moeda

comum europeia e passar uma mensagem clara de credibilidade para o resto do mundo.


"Se o euro afundar, a Europa afunda", afirmou Sarkozy. Segundo ele, a moeda comum é "a principal garantia de paz no continente.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também destacou na quinta-feira a importância do combate à atual crise para garantir a recuperação econômica mundial. "O mais importante aspecto de nossa tarefa nos próximos dois dias é resolver a crise financeira aqui na Europa", afirmou.


A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que na manhã desta sexta-feira se reuniu com Angela Merkel, a chanceler (premiê) da Alemanha, maior economia da zona do euro, também se manifestou sobre a crise durante um discurso em uma das sessões de trabalho da cúpula na quinta-feira.


Dilma disse que o Brasil está pronto a contribuir para uma solução à crise europeia, mas cobrou dos líderes da região "liderança, visão clara e rapidez".


O presidente da China, Hu Jintao, afirmou esperar que a Europa consiga encontrar o caminho da recuperação. "A Europa é a maior economia global, e não haverá recuperação econômica global sem a recuperação econômica da Europa", disse.


Ajuda emergente


Um dos pontos em aberto nas discussões em Cannes é
a possibilidade de os grandes países emergentes,
como o Brasil ou a China, contribuírem
financeiramente para ajudar os países europeus em dificuldades.


Representantes dos Brics (grupo que reúne Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) j
á manifestaram disposição em
contribuir por meio do FMI,
o que estaria de acordo com
o aumento do capital do fundo previsto no rascunho da declaração do G20.


Apesar disso, líderes do grupo também cobraram,
como Dilma, que os próprios europeus eliminem
suas divergências internas e coloquem em andamento
o plano acertado na semana passada pelos países da zona do euro.


"A Europa deve se ajudar a si mesma, e a União
Europeia tem tudo para isso hoje - a autoridade
política, os recursos financeiros e o apoio de muitos países",
afirmou o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev.
O plano anunciado na semana passada previa uma
capitalização para os bancos da região, um aumento
no capital do Fundo Europeu de Estabilização Financeira,
para ajudar os países em dificuldades, e o corte voluntário
de 50% na dívida grega, em troca de mais medidas de
austeridade para equilibrar as contas do país.


Mas o anúncio do governo grego de um referendo sobre o
plano, no início da semana, provocou pânico nos mercados
financeiros e gerou dúvidas sobre a capacidade dos europeus
de implementarem o que foi acordado.

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