
O grupo de policiais civis chamado de “Policias de Jesus” existe há
três anos e realiza reuniões mensais na Câmara Municipal de São Paulo,
mas quase todos os dias eles se juntam para ouvirem pregações bíblicas e
orarem pelos dramas que enfretam diariamente exercendo a profissão.
Fundado pelo escrivão Artur Juliano e pelo delegado Luís Gabriel, o
grupo já conta com cerca de 100 seguidores, o que representa 0,3% dos 34
mil integrantes da força de segurança pública, um número que só tende a
crescer.

Em entrevista a um portal evangélico o escrivão Juliano afirmou que
por quase 15 anos tentou criar esse grupo, mas faltava um delegado para
comandar o projeto até que Garcia, convertido há dez anos, aceitou o
desafio.

É o delegado quem ministra nas reuniões e tem um discurso cativante e
carismático por misturar os sermões com piadas e experiências pessoais.
“Os agentes se sentem mais à vontade para conversar comigo sobre seus
problemas porque eu também ando armado e lido com bandidos”, acredita
Garcia.
Realmente tratar com tantos crimes não é algo fácil, mesmo sendo um
delegado da Polícia Civil, Garcia confessa que é difícil esquecer alguns
casos e cita a morte de uma menina de apenas quatro meses,
provavelmente assassinada pelo próprio pai que é usuário de drogas. “Às
vezes, o grito de dor de uma mãe fica em nossa lembrança por muito
tempo”, disse ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário