O pastor David Robertson (foto), da Igreja Livre da
Escócia, surpreendeu ao falar em uma feira de livros na Ilha de Lewis
que o cientista e militante ateu Richard Dawkins fez um “favor” às
igrejas ao escrever um best-seller abordando Deus e a Bíblia, o “Deus —
um Delírio” (Cia das Letras, 528 págs., R$ 60).
“O livro abriu uma discussão que muitas pessoas achavam que tinha
acabado”, disse. Antes do livro, segundo ele, “milhões de pessoas nunca
tinham pensado seriamente sobre Deus e a Bíblia.”
O (pseudo) elogio a Dawkins serviu ao pastor de introito para uma
piadinha que ouviu de um comediante. Ele disse que Marcus Brigstocke, em
um show, contou que era ateu e que se tornou agnóstico depois que leu o
livro de Dawkins. “Eu não quero lê-lo novamente para não correr o risco
de se transformar em um cristão”, teria dito o comediante.
Livro tirou muita gente
do armário ateísta
Dawkins sempre reconheceu que “Deus — um delírio” foi escrito para
estimular ateus a saírem do armário. Quanto a isso, o próprio Robertson
admitiu que o livro tem alcançado em parte o seu objetivo.
O livro foi lançado há seis anos, e, de lá para cá, coincidência ou não,
muita gente saiu do armário ateísta, impulsionando o fenômeno da
secularização, principalmente na Europa, o que inclui a Escócia, pais do
pastor.
Há ateus que também criticam “Deus — um delírio” por ser, no
entendimento deles, um livro excessivamente panfletário. São críticas
muito mais consistentes do que a do pastor piadista.
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