Apenas alguns anos atrás, este centro da Ponte da Esperança não existia. Em vez do riso e das conversas de meninos e meninas que enchem as ruas de terra batida, a vila era um lugar de tristeza. Gurpreet e as outras crianças não tinham oportunidade de aprender ou jogar juntos. Ao invés disso, eles pediam esmolas, estavam passando fome e morrendo.
Como povos tribais, eles são considerados atrasados e relegados aos mais baixos degraus na escada social. A letra de uma de suas músicas folclóricas mostra bem essa situação: "No palácio, só os pobres vivem em cabanas lamacentas. O rei come alimentos reais, bu, os pobres comem arroz quebrado."
O povo da aldeia, somando aproximadamente 500 pessoas, migrou das selvas nas colinas próximas quase 15 anos atrás. Eles deixaram as montanhas para encontrar trabalho, mas os que se mudaram para este local não conseguiram resolver o seu dilema.
Temperaturas de verão, que podem chegar a 45 graus durante o dia e manter-se em 32 graus à noite, criam um ambiente hostil como um alto-forno. O clima árido e o solo raso tornam a agricultura quase impossível. Muito pouca vegetação cresce naturalmente aqui, além de algumas árvores arbustivas. Assim, os trabalhos de agricultura que fornecem renda em outras partes do país são inexistentes aqui.
Neste ambiente árido, as únicas fontes de água dos moradores são a lagoa de água suja e um pequeno poço que secou durante o verão, não atendendo assim às suas necessidades. Em 2006, 18 crianças morreram de desnutrição ou doenças transmitidas pela água.
Não havia escola na aldeia ou próximo dela até quatro anos atrás, por isso os pais enviavam seus filhos para mendigar em cidades próximas. Fabricação de vassouras e apresentações de danças folclóricas ajudavam se manterem também, mas os meninos e meninas traziam mais dinheiro mendigando.
Embora algumas organizações oferecessem ajuda durante algum tempo, nenhuma se dedicou a prestar assistência duradoura para o povo. Além do descaso da sociedade, essas pessoas tribais sofreram maus-tratos também. Quando eles se mudaram para a área, grupos de policiais corruptos assediavam os moradores, tentando estrupar suas mulheres. Quando os homens da aldeia tentavam detê-los, os policiais os agrediam brutalmente, quebrando permanentemente o braço de um homem e quebrando a perna de outro.
Morrendo na frente de seus olhos
O missionário da Gospel for Asia (Evangelho para a Ásia) Hoob Kurnar estava ministrando em uma área próxima, e um dia ele conheceu alguns desses moradores. O que ele aprendeu o encheu de compaixão e desejo de ajudar. Ele começou a visitar a aldeia, muitas vezes. Não só ele percebia claramente as necessidades das pessoas físicas, mas também sentia a gravidade de suas necessidades espirituais. Eles nunca tinham ouvido falar de Jesus. Ele pensou em dar-lhes folhetos evangelísticos, mas viu que ninguém poderia lê-los.
Hoob começou então a pensar em uma forma prática para mostrar-lhes o amor de Cristo. Baseando-se em uma idéia que iria beneficiá-los fisica, social e espiritualmente, ele disse a seus líderes que ele seria bom que a aldeia tivesse tanto um Poço de Jesus (poço artesiano construído pela Gospel for Asia) e um centro de Ponte de Esperança. Não havia dúvida de que o Poço de Jesus,poderia literalmente, prover água para salvar vidas, e o centro da Ponte do projeto Esperança não só tornaria financeiramente possível as crianças freqüentarem uma escola local, como também serviria de fonte de enriquecimento acadêmico e espiritua.
O Pastor supervisor de Hoob visitou a aldeia e também foi tocado pelo sofrimento dessas pessoas. "Fiquei muito chocado", ele admite. "As crianças estavam morrendo na frente de seus olhos, devido à fome. Isso tocou meu coração, e eu senti que deveríamos fazer algo por elas com urgência." Cerca de um mês depois, a Gospel for Asia perfurou um Poço de Jesus na aldeia para fornecer água limpa o ano todo e, em seguida, começou o processo de estabelecer um centro da Ponte da esperança.
Obstáculos de crianças e pais
No dia da inauguração, o diretor do projeto Yohan Matthew olhou em volta e viu seu trabalho fugir do seu controle. Ele sabia que administrar esse centro seria difícil, especialmente lidando com crianças que nunca tinham sido educadas com disciplina ou organização. E ele estava certo.
Na sala de aula, Yohan e seus professores tiveram que lidar com vários problemas comportamentais. A maioria dos alunos não tinha aprendido higiene pessoal em casa, e sua sujeira testava a paciência de Yohan. Seus corpos não acostumados ao banho cheiravam mal, e seu cabelo despenteado era emaranhado e oleoso. Ele começou a incentivar as crianças a vir para o centro "limpos e arrumados."
Gurpreet chegou com uma tendência para o bullying, o que representava um outro problema. Brigas, muitas vezes aconteciam como resultado de seus insultos ou socos, Ele se ressentia de receber ordens e até ameaçava agredir sua professora, quando ela o corrigia. Ele foi problemático desde o início, e foi preciso que Yohan o repreendesse repetidamente. Além disso, Gurpreet e outras crianças tinham o hábito de mascar tabaco, seguindo exemplos que eles tinham em casa.
Surpreendentemente, Yohan e sua equipe enfrentaram a resistência dos pais e mães também. Inicialmente, alguns pais se recusaram a enviar seus filhos à escola. Mendicância era uma atividade muito mais lucrativa, especialmente para uma comunidade tão pobre. Yohan ficou sabendo que em algumas casas, as crianças eram ameaçadas se fossem para o centro. Mas ele insistiu que os pais permitissem que seus alunos frequentassem a Ponte da Esperança, e ele começou a visitar cada casa para garantir que isso acontecesse.
Alguns pais estavam preocupados com a segurança de seus filhos. O centro estava localizado perto de uma estrada movimentada, onde algumas crianças haviam morrido em um acidente. Yohan garantiu que ele e os professores iriam supervisionar as crianças no trajeto para o centro e de volta para a aldeia.
Alterações drásticas
Mas Yohan fielmente orava por uma mudança, e viu Deus responder suas orações. Seus alunos agora acatavam sua orientação sobre limpeza e higiene pessoal. O Poço de Jesus está localizado perto da centro da Ponte da Esperança e tornou-se um local popular para lavar roupas, escovar os dentes e tomar banho.
Quando Yohan corrige crianças por mau comportamento, eles acatam sua repreensão e mudam sua atitude. Embora a princípio não reconhecessem Yohan quando ele ia visita-los na aldeia, eles agora se ajuntam com um rebanho em torno dele para sauda-lo. Olham para ele como um irmão mais velho e o chamam de "Grande Mestre".
Yohan tem notado especialmente a diferença na vida de seu ex aluno-problema - Gurpreet . Gurpreet aparece prontamente assim que o centro da Ponte da Esperança é aberto, geralmente de banho tomado. Ele se envolve nas atividades e trabalhos que seus professores lhe dão. E Gurpreet realmente gosta de ficar no centro todos os dias. Ele adora as músicas de aprendizagem, especialmente as ligadas a alguma atividade e está satisfeito por estar aprendendo a ler e escrever.
"É realmente surpreendente eu poder ler algumas palavras", diz ele. Bipin, pai Gurpreet, tem também notou a influência positiva da Ponte da Esperança sobre a vida de seu filho. Antes do centro, Gurpreet se rebelava abertamente contra seus pais.
Quando lhe pediam para fazer algo, ele fugia. Mas desde que Gurpreet começou a freqüentar Ponte da Esperança, as coisas mudaram, Bipin diz. "Tenho notado mudanças drásticas em sua vida, especialmente em matéria de respeito. Antes, ele era muito desobediente. "
Bipin sabe que é um privilégio para o seu filho receber uma boa educação, algo que ele e os outros pais nunca tiveram. "Amanhã haverá um futuro brilhante para nós através de nossos filhos", Bipin comenta.
Oferecendo esperança diária
Yohan e os professores da Ponte da Esperança assistem Gurpreet e cerca de 200 outros estudantes, seis dias por semana. Yohan cuida para que as crianças façam o trabalho escolar, às vezes sentado no chão com eles, enquanto os professores dão aulas e acompanham as recitações. As crianças o amam por isso. Juntamente com a formação em disciplinas acadêmicas, noções de higiene pessoal e princípios morais, as crianças ouvem histórias da Bíblia e aprendem versículos bíblicos e canções pedagógicas. Depois de alguns jogos ao ar livre, os estudantes alinham em colunas para sua assembléia diária, dedicando-se a um tempo de oração antes de desfrutar de uma refeição bem equilibrada.
A maioria dos moradores não têm acesso a frutas e vegetais, mas estas refeições garantem que as crianças recebam arroz, legumes, frutas e proteínas como lentilhas e ovos pelo menos uma vez ao dia. Os cozinheiros usam a água limpa do Poço de Jesus para preparar a comida.
Além de cuidar dos alunos no centro, a Ponte da Esperança auxilia no atendimento de necessidades físicas maiores também. Todas as crianças receberam recentemente creme dental e escovas de dente, e o centro também construiu uma clínica médica móvel para distribuir medicamentos entre a comunidade. E Yohan e outros membros da equipe passam duas horas de cada dia escolar visitando as casas das crianças, tempo que eles usam para conversar e orar com as famílias.
"Eles começaram a confiar em nós '
Os pais são gratos pela bênção que a Ponte da Esperança trouxe para suas vidas. Como seus filhos, eles também estão aprendendo boas práticas de saúde. Eles agora tomam banhos regularmente. Muitos já não bebem a aguardente fabricada localmente, e alguns pararam de destilar a bebida.
E o mais importante, a Ponte da Esperança está apresentando esses aldeões a Cristo. Através do cuidado genuíno que Hoob, Yohan e os outros crentes mostram diariamente, seus corações estão se abrindo para o Seu amor.
"Essas coisas construíram a sua confiança em nós, e eles começaram a acreditar em nós e a confiar em nós", diz Hoob. "E aos poucos eles estão se interessando pelo Evangelho. Hoje, Hoob pastoreia uma congregação crescente na aldeia, que se reúne a cada domingo na propriedade de um crente.
O grupo se reúne ao ar livre porque já não há espaço suficiente na casa onde eles costumavam se encontrar. Às vezes, uma multidão de pessoas esperam após o culto de adoração para receber oração. Embora muitos dos moradores que freqüentam os cultos ainda não entregaram suas vidas a Cristo, as mudanças na aldeia provocaram seu interesse em conhecer jesus.
Como os aldeões veem a evidência visível do amor de Deus derramado em suas crianças e aprendem com a Palavra de Deus, eles anseiam estar limpos por dentro e por fora. Eles querem que seus filhos e seus vizinhos tenham uma vida nova também.
Gradualmente, as pessoas desta aldeia estão conhecendo Jesus Aquele que os amou quando ninguém mais o fez. "Antes de aceitar Jesus eu era um bêbado", Suyash, um pai e um ancião na congregação do pastor Hoob, recorda. "Mas agora, eu sou um tipo totalmente diferente de pessoa. "
> Crianças podem levar suas famílias e até mesmo vilas inteiras ao amor de Deus através de sua fé simples. É por isso que eles precisam de uma quantidade abundante de oração! Aqui estão algumas maneiras que você pode levá-los até o Salvador:
O QUE É A PONTE DA ESPERANÇA?
Milhões de crianças no Sul da Ásia vivem suas vidas sem jamais conhecer a esperança que os espera em Cristo. No entanto, através de Ponte da Esperança, o programa de apadrinhamento de crianças da Gospel for Asia, elas começam a aprender pela primeira vez o que é ter vida nova e ser abraçado por seu Pai Celestial. Nós fornecemos uniformes escolares, livros, monitoramento e ajuda com lição de casa, pelo menos uma refeição nutritiva por dia, e um check-up anual de saúde. Visite site www.gfa.org para saber mais sobre como você pode "adotar" uma dessas preciosas crianças".
VOCÊ SABIA?
Atualmente, mais de 60.000 crianças estão experimentando o amor de Deus através de Ponte da Esperança. Pelo menos 50.000 crianças ainda esperam por uma chance de se inscrever em um centro da Ponte da Esperança.
+ A fé em Jesus. Para muitas crianças, a única oportunidade que eles têm de aprender sobre Jesus Cristo e Seu amor por eles vem enquanto eles participam de um centro da Ponte da Esperança.
+ Boa saúde. Os centros da Ponte da Esperança proporcionam a cada criança matriculada exames médicos anuais. Esta é a única vez que a maioria dessas crianças consulte um médico.
+ Proteção. Alguns centros da Ponte da Esperança são envolvidos em tumultos e conflitos políticos ou religiosos, colocando as crianças em perigo.
+ Família. Muitas das crianças que frequentam os centros da Ponte da Esperança vêm de famílias que estão vinculados pela tradição de suas divindades. Muitas vezes os pais se opõem à nova fé de seus filhos em Jesus. <
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