Igreja Evangelica Jesus Cristo é o Senhor: Colunista

segunda-feira, 5 de maio de 2014

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A REVELAÇÃO DA PATERNIDADE

O fato de o verbo tornar-se carne implica em que temos um padrão para tantas coisas quanto a nossa condição como filhos de Deus aqui na terra podem apontar.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. (Mt 1:18-19)
Quando falamos da paternidade como caráter fundamental do discipulado, certamente nos assomam dúvidas e inseguranças, porque pensar em enxerto de adoção, no plano humano, não parece imprimir, muita legitimidade a algo tão complexo quanto um relacionamento de pai e filho. De quem seria justo vir reclamação ou reivindicação?
É interessante, contudo, notar que o nascimento do Senhor (assim como quando nascem os nossos laços de discipulado) foi rodeado de temores. Gerado pelo Espírito Santo e apartado então do legado humano do pecado, o unigênito filho do Deus Altíssimo haveria que ser adotado entre os homens.
Ele veio para o que era seu (Jo 1:11)
Mas a certeza e a perfeição do plano divino encontraram entre nós ponderações e furtividades.
Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. (Mt 1:20)
O que faz com que seus pais amem seus filhos incondicionalmente? Não é, primeiramente, o fato de esses mesmos pais os terem gerado? Sem dúvida! E o que amedrontou José, senão o fato de a criança que estava no ventre de sua esposa não ter sido colocada lá por ele próprio? E quais são as palavras do anjo do Senhor?
... Não temas... Porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.
É exatamente isso que solidifica e sela o discipulado como um relacionamento genuíno. Pois aqueles a quem recebemos e ensinamos a guardar o que o Senhor ordenou nasceram outra vez do Espírito.
A palavra divina, então, a mesma que aquietou o coração de José, é esta que nos diz que são legítimas a observação e o mimetismo a adoção a disciplina. São a palavra e revelação do Pai que nos mostram, claramente, qual a parte que nos cabe preencher de obediência e amor irrestritos. E nos diz que o discipulado que vivemos hoje não pode ser um tipo de paternidade diluída e fragilizada (Rm 8:28-30).
É através da mediação do Filho (Hb 12:24) que vemos no irmão aquele que nos cuida e zela e “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza e... intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”.(Rm 8:26)
Aquele para o qual não havia lugar (Lc 2:7); que não tinha sequer onde recostar a cabeça (Lc 9:58) e que morreu rejeitado e dependurado entre o céu e a terra, nos deixou uma família na qual podemos aprender a ser filhos e pais e descobrir, finalmente, a veracidade daquilo que o diabo e mundo tanto tentaram nos esconder.
“Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José”.(Jo 1:45)

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