Uma jovem palestina de 17 anos foi morta em uma explosão na faixa de Gaza, perto da fronteira israelense nesta quinta-feira, informaram funcionários de segurança do grupo islâmico radical Hamas, que domina o território palestino ao sul de Israel. Eles culparam um tanque israelense pelo disparo que causou a morte, mas outras fontes palestinas colocaram em dúvida essa versão. A segurança palestina em Gaza afirmou que os israelenses bombardearam a parte leste do campo de refugiados de Al Bureij, na parte central da faixa de Gaza, depois que milicianos dispararam contra militares israelenses que tinham invadido seu território. O Exército israelense negou ter entrado na faixa de Gaza e disse que apenas respondeu com morteiros e tiros de armas automáticas a um ataque contra uma patrulha que percorria uma estrada paralela à fronteira. Os militares israelenses disseram que os soldados ficaram sob fogo de militantes palestinos que atiraram do lado palestino da fronteira e que responderam com tiros, mas sem o uso de tanques. O médico Moaiya Hassanain, do Ministério da Saúde palestino, disse que a pessoa que morreu era uma adolescente de 17 anos e que um dos feridos é uma menina de três anos. Anteriormente, Hassanain dissera que a menina tinha sido morta. Como de costume, os membros do Hamas falaram sob condição de anonimato. Outros palestinos levantaram dúvidas sobre o relato de que um tanque israelense tenha sido responsável pela explosão, observando que, de forma incomum, repórteres foram proibidos de ir até o local e que os familiares da vítima se recusaram a falar com eles. Desde o fim da devastadora ofensiva israelense contra Gaza entre dezembro e janeiro passados, tem havido confrontos esporádicos na fronteira entre forças israelenses e militantes do Hamas. Com o objetivo de dar um fim aos ataques com foguetes palestinos contra o sul do país, Israel atacou Gaza por três semanas, com bombardeios aéreos e invasão terrestre. A ofensiva do Exército israelense em Gaza deixou 1.434 palestinos mortos, incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes, segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos. O Exército israelense confirma 1.370 mortes, entre elas 309 civis inocentes --dos quais 189 são crianças e jovens com menos de 15 anos.
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