Igreja Evangelica Jesus Cristo é o Senhor: Dízimos e ofertas: um investimento público

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Dízimos e ofertas: um investimento público

Não Julguem a Todos os Pastores. Pois São Homens Chamados por Deus para Pastorear Ai daqueles que Encoleriza um dos Meus Escolhidos.
Fui fortemente indagado, por alguém muito revoltado por sinal, a respeito dos dízimos e também das ofertas que são “dadas“ nos templos, e é claro, a pergunta é sempre a mesma:“... por que dar dinheiro pra pastor...?“

Bem, obviamente que quando surge esta pergunta, ela vêm acompanhada de um tom perceptível de arrogância, raiva e nojo. E a razão para isso não é pra menos, pois quando se trata de dízimos e ofertas, TODOS os líderes “espirituais“ erguem seu escudo e bode expiatório em Malaquias capítulo 3 versículo 10.
Logicamente, após a apresentação desse pequeno trecho, tudo é explicado, mas nada é respondido; Talvez porque o que está explicitamente respondido é ocultado do versículo 10 deste capítulo, onde se lê:

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.“ Malaquias 3:10

Olhe atentamente o parágrafo após a primeira vírgula “...para que haja mantimento na minha casa...“; Não é preciso faculdade teológica ou qualificação Doctum Maestrum para compreender que a conotação explícita desse trecho se trata da CASA DO SENHOR DEUS, e não da casa do pastor.
Poderíamos parar por aí mesmo, pois a resposta para a pergunta “...dar dinheiro pra pastor...“ se resume a este pequeno trecho, pois na verdade não é para o pastor que se investe em dízimos e ofertas, mas para o próprio membro. Uma verdade que tem sido distorcida, ambiciosamente explorada e oculta durante muitas décadas, pois de uns tempos atrás até nossa atualidade, os pastores fazem o que querem com os dízimos e ofertas do povo sob sua orientação espiritual: não dão sequer nenhuma satisfação ou pelo menos dizem o porquê.

Deve ficar claro que cada denominação possui seu próprio controle financeiro e muitas utilizam com maestria esse controle, proporcionando um certo conforto aos seus membros, quando expõem suas atividades financeiras às pessoas que investem para que o templo fique belo, mantido e organizado, além de confiável.

Essa é a palavra que define a conotação das palavras do profeta Malaquias: INVESTIMENTO. O dízimo e as ofertas são para manutenção do templo, e isso inclui: pagamento de funcionários, compra de equipamentos, materiais de limpeza, manutenção de energia elétrica, água, telefone e etc... Tudo isto faz parte dos tributos que, segundo Cristo, temos de pagar. o próprio Jesus ilustrou o pagamento do tributo, dizendo dar a César o que pertence a César; A igreja não está isenta de tributo algum, mesmo sendo uma entidade filantrópica ou não.


DIFERENÇAS ENTRE O DÍZIMO E AS OFERTAS

Quando as pessoas membros de uma denominação contribuem com seu dinheiro na forma do dízimo, ela está cumprindo seu dever eclesiástico descrito em Malaquias 3;10 - levando sua parte (10% de seu ganho mensal bruto) à casa do tesouro, ou seja, à igreja, em reconhecimento a autoridade divina sobre sua vida.
Quando as pessoas ofertam (contribuem com seu dinheiro) à Casa de Deus - também chamada nesse contexto de Casa do Tesouro - elas o fazem voluntariamente, ou pelo menos deveriam fazê-lo na forma de voluntariado, pois a oferta é um ato de agradecimento, inteiramente de responsabilidade de quem oferta.


O QUE ACONTECE COM O DINHEIRO DOS DÍZIMOS E OFERTAS

Esse é o ponto crucial e o motivo da revolta de muitos, pois se o versículo de Malaquias foi bem entendido, todo o dinheiro arrecadado entre dízimos, ofertas entre outros, possuem duas opções distintas:

a) Uma conta em nome da entidade religiosa, denotando que toda a verba arrecadada pertence não ao pastor, mas a um grupo distinto. Isso quer dizer que, para todos os efeitos, ninguém em pessoa está sendo beneficiado com um dinheiro que deveria ser público - nesse caso, pertence à igreja e não ao pastor, e a transparência disso se reflete nos relatórios financeiros apresentados no mural da igreja ou anunciado em reuniões administrativas.

b) Um cofre em local seguro (o que não é recomendável nem em sonhos), sob a responsabilidade do tesoureiro ou do próprio pastor, que para sua segurança e segurança dos membros que contribuem, mantém atualizado um sistema de controle financeiro, apresentado aos membros em reuniões específicas.

No primeiro caso, o que deve ser comum é a transparência nas atividades financeiras do templo. A preocupação das pessoas quanto ao dinheiro empregado na igreja é a crescente gama de pastores que “ontem“ calçavam sapatos velhos, e “hoje“ desfilam sua coleção envernizada italiana; Moravam em casas simples e de repente compram coberturas ou constroem suas mansões.
A verdade é que ali está o dinheiro do povo dizimista e ofertante da igreja, o que a bíblia chamaria de “...lã das ovelhas...“;

O que DEVE acontecer com o dinheiro dos dízimos e ofertas, além de outras receitas aplicadas à igreja, é o cumprimento administrativo-financeiro, e todo o povo contribuinte percebe essa boa administração de seu investimento quando sentam-se em bancos confortáveis, não sofrem com o verão, pisam em um chão limpo e encerado, ouvem um som de qualidade, curtem um culto com louvores selecionados, aplaudem músicos bem ensaiados, entre outros etcéteras, isso sem contar que, qualquer patrimônio adquirido deve ser esclarecido e comunicado aos investidores do templo: os membros. Deve ficar claro que é um patrimônio público, e não propriedade exclusiva do pastor.
Qualquer aquisição, compra, obtenção ou apropriação feita pelo pastor deve ser de interesse mútuo, pois ali está o dinheiro destinado (segundo o profeta Malaquias ordenado por Deus Altíssimo) às melhorias e manutenção do templo.

Se observarmos com cuidado Malaquias 3;10 veremos com clareza que o pastor nada têm sem o investimento do povo, e que é o maior serviçal do templo, pois TRABALHA a serviço do templo, e DEVE com muito carinho e PRAZER cuidar de todos de igual forma.


É ERRADO OU É PECADO O PASTOR ENRIQUECER?

Obviamente não, logicamente sua prosperidade representa o seu sucesso como líder de um grupo que defende seus ideais espirituais. Por isso pessoas se filiam, contribuem e ofertam.
Porém, a bíblia adverte de forma bem clara que, aos pastores, é pesada a dura sentença não só de sua vida, mas da vida de todo o povo sob seus cuidados, porque não é seu povo, é o povo que Deus colocou sob sua responsabilidade espiritual.

Para deixar muito bem claro, pense assim:

- Se o pastor possui seu próprio meio de sustento, ainda assim a igreja deve assalariá-lo, pois dedica parte de seu tempo (quando poderia viver sua vida comum com sua família) ao cuidado espiritual das pessoas membros de sua denominação, o que não é tão fácil assim.
SUA DENOMINAÇÃO porque muitos fazem questão de escrever “MINISTÉRIO FULANO DE TAL, MINISTÉRIO SICRANO DE TAL, FILIADO AO CGPP, FILIADO AO PCDOB, etc, etc“; são rótulos que deixam um certo ar de “FUI EU QUEM FIZ“, mas isso cada um responderá a Deus, obviamente.
Assim como responderão por cada centavo destinado ao templo gasto em suas atividades, sejam de conhecimento público ou à revelia, a seu bel prazer.

- Se seu pastor vive 24 horas em prol da denominação, então mais que uma obrigação, ele deve ser justamente assalariado, pois a bíblia deixa claro que “...digno é o obreiro do seu salário...“; Além do fato de que ele está disponível 24 horas diariamente, e tem a obrigação de atender a todos os membros de sua denominação, e tudo que fizer deve ser de aval e conhecimento público, pois trabalha EXCLUSIVAMENTE para a igreja, e não deve considerar isso uma empresa sob sua direção.

O apóstolo Paulo deixa claro que deixou de palestrar em certas igrejas que lhe pagariam SALÁRIO para estar em outras que, ao seu ver, precisavam de mais atenção; O que devemos compreender é que tudo precisa ser pago, nada é gratuito, principalmente quando existe um grupo investidor, pois é assim que magistrados e o próprio governo nos observa: investidores idealistas.
Sim, pois se você é membro de uma denominação, que arrecada fundos e verbas por um ideal, seja ele qual for, e existe um líder, pense que qualquer “tropeço“
administrativo traz o rigor da lei sobre os então:
- Extelionatários
- Formadores de quadrilha
- Anarquistas
- Manipuladores da opinião pública.


ENTÃO QUAL A CONCLUSÃO DISSO TUDO?

O grande problema é o mesmo: ninguém quer ser subposto ou estar sob ordens, muito menos ter de prestar contas a seu ninguém.
A alegria dos pastores de nossa atualidade - principalmente os mais jovens - é que descobriram que podem manipular as pessoas e “tomar conta“ de seu dinheiro investido em dízimos e ofertas sob o nome de Deus e do diabo, distorcendo assim a essência do que foi dito pelo profeta Malaquias: nesse caso, não interessa o que foi gasto, no que foi gasto, e por que foi gasto, o importante é que foi preciso e foi gasto, e ponto.
Reflexo disso está acontecendo nessa “guerrinha“ entre os dois grandes nomes da mídia evangélica, não se importando com o que aconteça ao povo, mas importa que mantenham todas as propriedades, luxo, conforto, contas bancárias e as posses... o resto... e daí?

Sim, o pastor deve possuir uma condição de vida superior, pois sobre ele pesa a dura sentença de um povo sob seu cuidado; O que não lhe dá o direito de abusar daquilo que pertence ao templo, em outras palavras, ainda que preste seu serviço à igreja, isso não faz dela seu cofrinho particular, mas deve conduzir tudo com cuidado e carinho, respeitando cada centavo depositado para melhorias e manutenção do templo onde se congrega, e não para custear as aventuras de Mickey Mouse na disneylândia.

Enquanto os pastores e o próprio povo fechar os olhos para essa realidade, a igreja vai padecer por anos e ver seus dias serem retratados como financiadores de guerrinhas entre ministérios, ou financiadores das Viagens de Gulliver.

Francamente... às vezes a ignorância disso nos faz ter vergonha do evangelho.

...o moço que me perguntou sobre esse assunto? Bem, ele ficou calado e me perguntou se eu era “pastor“, já que sabia tanto sobre o assunto; Não, não sou pastor - nem faço questão de ser - a menos que Deus tenha determinado isso para minha vida.

Se algum dia for assim, então quero manter minha postura, descrita neste artigo, pois é assim que gostaria de conduzir um povo ao reino de Deus: com transparência e clareza, sem rodeios, e prestando contas de minhas ações que fizer em nome do templo.
O templo de Deus é onde o povo que Ele selecionou congrega, em prol de um ideal, e e esse ideal não pode ser maculado por milhões ou bilhões, mas mantido translúcido e imaculado até a consumação dos séculos. E Amém.

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