Igreja Evangelica Jesus Cristo é o Senhor: Hipocondríaco, eu?

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Hipocondríaco, eu?


Uma palpitação no peito se torna motivo para a pessoa pensar que está infartando. Uma dor de cabeça a leva a pensar que pode ser um aneurisma ou, até mesmo, a presença de um tumor cerebral. Tosses corriqueiras podem causar intensa preocupação quanto a ter desenvolvido uma pneumonia. Mancha na pele? Câncer de pele! Estas são falsas crenças que passam pela cabeça de pessoas que sofrem de um transtorno de ansiedade chamado hipocondria.
Os hipocondríacos interpretam sensações corporais normais ou sintomas leves como sinais de uma doença muito grave, interpretando de forma errada os sintomas do seu corpo. Eles possuem um medo persistente de doenças e da possível falta de controle sobre elas. Normalmente são pessoas ansiosas que, como característica da ansiedade, possuem dificuldade em prestar atenção em algo fora delas, naquilo que está acontecendo ao seu redor. Em vez disto, prestam muita atenção em si mesmas, no que está acontecendo com elas mesmas, como forma de estarem sempre no controle de tudo o que acontece. Tudo aquilo que sai da normalidade, como o aparecimento de uma dor, de uma mancha, ou de qualquer outro sintoma, é interpretado como sendo extremamente grave e preocupante. Por isso, tendem a urgentemente marcar uma consulta médica a fim de confirmar a gravidade da doença.
Mas, o que geralmente acontece com pessoas hipocondríacas é que, por mais que tenham confiança no médico consultado, o medo da doença persiste mesmo quando este afirma que seus sintomas não apresentam gravidade alguma. Exames médicos podem ser solicitados e o diagnóstico pode ser negativo, mas pensamentos como “o médico deixou de prestar atenção em algum detalhe”, ou “ele errou no diagnóstico”, ou “este exame provavelmente está errado” invadem com freqüência a mente destas pessoas, o que dificulta o alívio da ansiedade. Conseqüentemente, acabam voltando ao médico diversas vezes ou trocando de médico periodicamente a fim de ouvir a opinião de outro que possa “encontrar”, definitivamente, sua doença. Outros podem se acalmar momentaneamente ou por algum período de tempo após o médico assegurá-los de que não há nada de errado com eles, ou apenas diagnosticar algo simples de ser tratado. Mas, outras preocupações tendem a emergir dias depois em relação a outros sintomas ou aos mesmos.
É comum que, aos médicos perceberem a frequência de consultas de uma pessoa, somadas à falta de problemas físicos, à prolixidade das explicações sobre os sintomas e à resistência em aceitar a opinião médica, orientem a pessoa a buscar o auxílio de um médico psiquiatra, que poderá avaliar o grau de ansiedade ou depressão que podem ser, na realidade, a causa dos sintomas físicos e da preocupação exagerada. Porém, as pessoas em questão tendem a se sentir extremamente ofendidas com tal orientação. Alguns buscam esta ajuda, outros não.
O maior desafio para estas pessoas é a compreensão de que este mal não é físico, mas emocional. Geralmente as queixas repetidas encobrem angústias que a pessoa não está conseguindo expressar. Por isso, há a necessidade de elas buscarem ajuda psicológica para o tratamento da hipocondria a fim de que consigam enxergar sentimentos e conflitos que são os verdadeiros desencadeantes de seus sintomas e preocupações. Dependendo do nível da hipocondria, a orientação de um médico psiquiatra para uso de medicamentos pode ser necessária.

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