Igreja Evangelica Jesus Cristo é o Senhor: O Caminho

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Caminho


"Se você não sabe para onde vai, qualquer caminho leva até lá." George Harrison

George Harrison, escreveu em "Any Road" a frase acima, que lembra o diálogo entre Alice e o Coelho, em Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

O ex-Beatle dedicou grande parte de sua vida a uma busca espiritual mística. Viveu durante muito tempo na Índia em contato com a religião hindu, em busca de conhecimento espiritual.Como muitas outras pessoas no ocidente, ele foi atraído pelo charme que envolve as religiões e doutrinas orientais e se deixou seduzir pela sua aura de mistério e sua promessa de paz e iluminação espiritual. George Harrison não chegou a conhecer entretanto, em sua longa jornada espiritual, o verdadeiro e único Deus, porque ele não sabia aonde ir.

A visao pagã de mundo muitas vezes reconhece a existência de um Deus único universal. Concebe um Deus criador absolutamente transcendente em relação à sua criação ou absolutamente imanente a ela, como na filosofia panteísta. Entretanto, o seu conceito de Deus é deísta, isto é, não reconhece a existência de uma manifestação pessoal de Deus ou de seu relacionamento permanente com a sua criação. Nessa cosmogonia, Deus teria criado o universo e suas leis, mas não interfere nele.

O deísmo vê a criatura portanto como um ente cuja única orientação que dispõe para conduzir a sua vida o seu próprio discernimento. Alguns deístas admitem a existência de um propósito predeterminado para suas vidas mas creem que cabe exclusivamente a eles encontrar e realizar este propósito.

A vertente mística do deísmo crê que todo indivíduo dispõe, além de seu discernimento, da orientação de seres espirituais evolutivamente superiores aos quais denominam anjos, guias, mestres etc. Para estes místicos, o Universo (assim mesmo, com maiúscula) é um ser vivo, que opera no sentido de levar o indivíduo a realizar o propósito último de sua existência. Cabe portanto a cada indivíduo buscar se identificar com estes entes espirituais e estar atento aos "sinais" que o Universo lhes envia, de modo a orientar corretamente as suas vidas.

Estas pessoas se maravilham diante de um fenômeno, denominado por Carl Jung de sincronicidade, segundo o qual alguns fatos estão relacionados entre si não de forma causal e sim por um significado comum. o Universo seria responsável assim por concatenar esses acontecimentos de forma a nos orientar na direção correta, segundo o propósito de nossas vidas.

Entretanto, não existe essa entidade denominada "Universo" ou "Espirito Universal". O universo não é um ser vivo, ele é obra de Deus e Deus não se confunde com ele, eles são totalmente distintos. Deus transcende absolutamente a sua criação e o único sentido em que ele é imanente a ela é o de que a sua criação reflete a sua imagem, assim como uma obra de arte reflete o espírito do artista. O universo portanto, não "conspira" a nossa favor, como afirmam alguns deístas místicos, mas os seres espirituais que nele habitam certamente têm interesse em nosso destino, e as suas intenções nem sempre são nobres.

Muitos desses seres possuem conhecimento e poder e buscam seguidores. O fato é que nos tornamos sujeitos à influência daqueles a quem escolhemos seguir. Se compactuamos com a ideologia de um filósofo ou de um líder religioso ou político, nos alinhamos, de forma explícita ou não, com a agenda deste filósofo ou líder. Conforme afirmam as Escrituras bíblicas:

"Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?" Romanos 6:16

No mundo material, vivemos no nivel mais elementar de consciência. É possível sem dúvida, atingir, através de treinamento específico, níveis mais elevados de consciência, como na meditação budista, em que se alcança uma percepção ontológica infinitamente mais ampla e mais profunda. Esse estado sublime de consciência proporciona um estado mental percebido como unidade existencial e é em geral confundido com a plena emancipação e realização espiritual humanas.

Nenhum nível de consciência entretanto, pode promover a real comunhão do homem com Deus e é apenas esta comunhão que o liberta e o realiza. Esta reconciliação e comunhão somente pode se realizar através da manifestação pessoal de Deus, através do seu Espírito e de Jesus Cristo, seu filho unigênito, o único caminho de libertação espiritual humana. É através deste relacionamento pessoal com Deus que nos comunicamos com Ele e Ele pode efetivamente orientar nossas vidas.

Se acreditamos porém que Deus não nos orienta pessoalmente, somente nos resta confiar em nosso próprio julgamento, na orientação de outras pessoas ou de entes espirituais, que reputamos como sendo intelectualmente ou espiritualmente superiores a nós e portanto qualificados a nos orientar. Ao escolher acatar as orientações destes entes, estamos nos alinhando, de forma tácita ou não, com a sua ideologia.Esta é uma opção ingênua e perigosa, por dois motivos básicos.

Primeiro, porque ela pressupõe a inexistência de entes espirituais maléficos ou pelo menos a imunidade daqueles que se aventuram na realidade espiritual, em relação à influências maléficas. Os místicos deístas acreditam em uma neutralidade moral das entidades espirituais e que somente aqueles que pensam no mal estão sujeitos à sua influência. Este é um grave equívoco, pois existem efetivamente seres no mundo espiritual cuja natureza é inerentemente maléfica.

Apenas Deus pode proteger das influências nefastas do mundo espiritual e se não estamos em permanente comunhão com Ele, nos aventuramos nesta realidade por nossa própria conta e risco, o que é uma atitude no mínimo temerária.

O segundo motivo é que cometemos um grave erro ao julgar que um ente espiritual, apenas pelo fato de se comunicar, de forma sobrenatural com um ser vivo, se apresentando como alguém idôneo e às vezes de posição espiritual elevada, demonstrando conhecimento e coerência intelectual, seja confiável e que seus ensinamentos sejam verdadeiros.

Jesus, ao partir para junto do Pai, afirmou que enviaria ao mundo o Espírito Santo, que é o Espírito da Verdade, para nos ensinar tudo o que precisamos saber sobre a realidade espiritual. Esta é a verdadeira iluminação e está disponível a toda a humanidade, e não apenas a um grupo de iniciados ou adeptos de uma religião. Somente aquilo que é revelado por Deus, através de sua Palavra e do seu Espírito, é verdadeiro e confiável.

Muito do conhecimento da realidade espiritual adquirido por ocultistas e místicos pagãos são apenas teorias, fruto de elocubrações próprias ou transmitidas por entes espirituais que, mesmo não sendo de natureza maléfica, não têm o pleno conhecimento desta realidade. Mas a grande parte deste conhecimento ocultista ou espiritualista, mesmo sendo verdadeiro, não é apenas inútil para a verdadeira libertação espiritual humana, que somente é possível através de Cristo. Este conhecimento é sobretudo maléfico, e embora pareça muitas vezes favorecer aqueles que o detêm e praticam, apenas afasta o ser humano do seu Criador, conduzindo-o pelos caminhos tortuosos determinados pela agenda de seus autores.

Quando o coração humano não anseia sinceramente por conhecer a Deus, mas é movido apenas pela vaidade e pela ambição do conhecimento, ele é facilmente desviado do verdadeiro caminho da libertação e da realização espiritual, que é Jesus Cristo. Existem, no mundo espiritual, entes movidos pela mesma ambição, que se apressam em se apresentar a elas como guias e mestres, utilizando para isso tanto as religiões e seitas existentes como seus apóstolos humanos, que se prestam a servi-los como mensageiros e promotores de suas doutrinas.

Aqueles que amam a Deus podem se perder também temporariamente por caminhos espirituais tortuosos, entretanto, porque em seu coração sabem de onde vêm e para onde vão, acabam encontrando o verdadeiro caminho que conduz a à casa do Pai. Eles ouvem o chamado do Pai e o respondem

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