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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Politica

Novo pedido de impeachment deve ser decidido em novembro, diz Cunha

Requerimento diz que 'pedaladas fiscais' teriam continuado em 2015.
Segundo Cunha, pedido da oposição cumpre todos os requisitos formais

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (26) que deve decidir em novembro se acolhe ou não pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolado na semana passada pela oposição e elaborado pelo fundador do PT Hélio Bicudo.
Segundo o peemedebista, o requerimento cumpre os requisitos formais, como correta identificação dos autores e autenticações em cartório. Portanto, não será preciso devolver o documento para a correção de falhas processuais, como ocorreu com a maioria dos pedidos de impeachment encaminhados neste ano à Câmara.
"Estou estudando bem esse principal. Obviamente não concluí a leitura toda no fim de semana. Mas fiz uma boa leitura dele. Tentarei ser o mais rápido possível dentro do juízo da convicção. Vou ver se conseguirei fazer no curso do mês de novembro. Vou tentar fazer.  A única coisa é que não terá notificação para cumprir os requisitos formais, porque eles estão preenchidos. Isso eu já constatei", disse Eduardo Cunha.
O pedido de impeachment a que o peemedebista se refere foi apresentado na última quarta-feira (21) por parlamentares da oposição. O documento foi elaborado por Bicudo e o jurista Miguel Reale Junior.
Inicialmente, a oposição planejava fazer um aditamento a um pedido já existente – que já tramita na Câmara e está pendente de análise de Cunha – para incluir as "pedaladas fiscais" do governo em 2015, como é chamada a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.
Os deputados oposicionistas desistiram de fazem um aditamento ao pedido anterior porque a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o rito definido por Cunha para eventuais processos de impeachment não permite aditamentos a pedidos já em tramitação. O novo pedido tem cópia de decretos presidenciais assinados por Dilma que, segundo eles, embasam a tese das pedaladas.
A estratégia é contornar o argumento do presidente da Casa, de que a presidente só pode ser responsabilizada por atos cometidos durante o seu mandato em vigência. Cabe ao presidente daCâmara analisar os pedidos de impeachment e decidir por acolher ou rejeitar. Se o pedido for aceito, deverá ser criada uma comissão especial responsável por elaborar um parecer pela abertura ou não de processo, a ser votado no plenário da Casa.
Para ser aprovado, o parecer dependerá do apoio de pelo menos dois terços dos 513 deputados (342 votos). Se os parlamentares decidirem pela abertura do processo de impeachment, Dilma será obrigada a se afastar do cargo por 180 dias, e o processo seguirá para julgamento do Senado.
Votações
O presidente da Câmara também confirmou para esta quarta (28) a votação do projeto de lei de autoria do Executivo que prevê a regularização, mediante pagamento de multa, de recursos enviados por brasileiros ao exterior sem comunicação à Receita Federal. A matéria integra o pacote de ajuste fiscal do governo e tranca a pauta de votações por tramitar em regime de urgência.
Pela proposta, brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil poderão declarar ao governo todo o patrimônio lícito mantido fora do Brasil, ou já repatriado, mas ainda não declarado, existente até 31 de dezembro de 2014. A comunicação vai isentar a pessoa de processos por crimes como sonegação fiscal e evasão de divisas, mas será preciso pagar uma multa e impostos que totalizarão 30% do valor enviado para fora do Brasil.
Antes de analisar o projeto da repatriação, o plenário terá que votar a Medida Provisória 687 de 2015, que autoriza o reajuste de taxas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional do Cinema (Ancine). A MP também tranca a pauta de votações e tem prevalência em relação ao projeto de lei, pelas regras regimentais.
“A ideia é votar a medida provisória amanhã e repatriação na quarta-feira”, disse Eduardo Cunha. O peemedebista afirmou ainda que pretende colocar em pauta requerimento que pede tramitação em regime de urgência de um projeto de lei que trata da securitização da dívida da União e dos estados, permitindo a renegociação da dívida e operações no mercado financeiro que consistem na venda desses débitos.
De acordo com o presidente da Câmara, essas propostas devem trazer alívio fiscal ao Brasil, já que representarão aumento de receitas.
“Tem um projeto muito bem feito que está sendo discutido a várias mãos. Vários líderes assinaram. A ideia é votar a urgência. A securitização da dívida ativa tanto da União e dos estados. Tem uma dívida ativa de R$ 2 trilhões. Destes, R$ 500 bilhões são facilmente negociáveis. Só isso poderia resolver o problema do ano inteiro que vem com sobra. É uma contribuição que a Câmara dos Deputados quer dar para resolver o problema do buraco financeiro do governo”, disse.

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