Desde 2000, quando o Papa João Paulo II determinou que as peregrinações católicas pela Terra Santa começassem pela Jordânia, é impossível não pensar no reino dos hashemitas como um destino mais voltado aos cristãos. Afinal, é lá que estão locais históricos como o Monte Nebo - de onde, segundo a Bíblia, Moisés avistou Israel, a Terra Prometida - e também o Rio Jordão, onde Jesus Cristo teria sido batizado.
Mas um outro elemento religioso enriquece ainda mais uma visita à Jordânia. A massiva presença do islamismo, religião de 95% da população coloca os visitantes em contato com valores e uma cultura ainda pouco explorada pelo Ocidente.
A principal porta de chegada à Jordânia acontece pela capital Amã, localizada no norte do país. E é nos arredores da cidade que estão os principais pontos de interesse para os peregrinos da Terra Santa. De Amã é muito fácil chegar ao Monte Nebo, o Rio Jordão e a Madaba. É na capital do reino jordaniano também que estão algumas das mais belas mesquitas do país como a Mesquita do Rei Abdullah I e a Mesquita do Rei Hussein.
Monte NeboA região do Monte Nebo fica a pouco mais de 25 km de Amã, e seu acesso é fácil por rodovias bem sinalizadas. O sitío turístico é bem conservado e abriga um pequeno museu com relíquias das escavações feitas no local. Mas a atração principal do lugar é o mirante com vista para Israel. A escultura batizada de Serpente de Brazen, do italiano Giovanni Fantoni, marca o lugar exato de onde Moisés, aos 120 anos, teria avistado a Terra Prometida.
De acordo com as escrituras cristãs e hebraicas, o Monte Nebo teria sido também o local onde Moisés morreu e estaria enterrado. Muitos teólogos, entretanto, ainda divergem sobre o Monte Nebo ser de fato o local citado na Torá, o livro sagrado dos judeus, e no Velho Testamento da Bíblia.
Ainda de acordo com o Livro dos Macabeus, escrituras sagradas dos judeus, mas reconhecidas pelo cristianismo, o profeta Jeremias teria escondido a Arca da Aliança - que continha as tábuas com os Dez Mandamentos - no Monte Nebo.
MadabaA apenas 10 km ao sudeste do Monte Nebo, está a cidade de Madaba, uma parada interessante. O local foi visitado por Bento XVI em sua peregrinação pela Terra Santa em maio deste ano. No centro de Madaba está a igreja orotodoxa de São Jorge. No piso da igreja está um mosaico bizantino parcialmente restaurado conhecido como o Mapa de Madaba.
No mosaico, que data do século 6 a.C., está retratada toda a Terra Santa. Após Madaba ter sido devastada por um terremoto em 746, o mosaico foi redescoberto em 1894. O estudo do mapa presente no mosaico permitiu que, em 1967, os exploradores identificassem locais históricos em Jerusalém como o Cardo Maximus, a via principal das cidades do Império Romano.
Algumas quadras distante da Igreja de São Jorge está o restaurante Haret Jdoudna que oferece os principais pratos típicos da culinária árabe. Os preços são acessíveis. Um kebab para duas pessoas, por exemplo, custa cerca de 7 dinares (US$ 10). As bebidas alcoólicas são sobretaxadas na Jordânia, por isso, tomar uma cerveja pode ser uma experiência bastante cara: cerca de US$ 10 dólares por uma garrafa long-neck. Já o café com cardamomo é imperdível.
Madaba oferece ainda uma excelente oportunidade para se caminhar por uma cidade tipicamente palestina. Muitas das ruas não têm calçadas e os pedestres dividem o espaço com carros. Mas nada que um pouco de cautela e atenção não resolvam. Madaba também se orgulha de ter uma das maiores comunidades cristãs da Jordânia. Por esse motivo ela se denomina ¿cidade da vida em harmonia¿ pela boa convivência entre cristãos e muçulmanos.
Rio JordãoMenos de 40 km separam Amã do sítio de batismo de Jesus Cristo. Divisor dos territórios entre Jordânia e Israel, o Rio Jordão também é a principal fonte de água do Mar Morto. O rio, entretanto, guarda pouco das carecterísticas bíblicas e em alguns trechos parece um córrego. Todo o complexo do sítio batismal está sendo restaurado, mas o lugar oferece poucas opções de visita além das margens do Jordão.
Durante sua visita em maio, Bento XVI abençoou a pedra fundamental da primeira igreja católica no local. Próximo ao rio Jordão, entretanto, está um capela ortodoxa em homenagem ao batismo de cristo que merece uma breve visita. Seus murais coloridos oferecem uma visão diferenciada de igrejas com muitas imagens.
Uma escadaria leva a uma plataforma nas margens do Jordão de onde é possível, e permitido, colher água do rio como recordação. Além disso, uma pia de pedra contém água tratada do Jordão, já que o rio tem suas águas bastante barrentas. O cenário se completa com um vestiário destinado principalmente aos cristãos ortodoxos que têm o costume de repetir o gesto de Jesus e mergulhar no rio Jordão simbolizando a renovação da fé.
Jesus Cristo, entretanto, não foi batizado exatamente no Rio Jordão. O encontro de Cristo com São João Batista se deu em um braço do Jordão. O local de onde ele teria descido às águas está bem preservado, mas o braço do rio está praticamente seco. Uma obra em andamento pretende recuperar esse local com águas do Jordão sendo desviadas para lá.
AmãDurante o passeio por Amã são obritatórias visitas a pelo menos duas mesquitas. No centro da cidade, e de fácil acesso, está a Mesquita do Rei Abdullah I. Construído entre 1982 e 1986, com uma capacidade de 3000 fiéis, o local foi levantado pelo rei Hussein como um memorial ao seu avô, o rei Sayyid-Abdullah I.
A mesquita é um exemplo de arquitetura islâmica moderna. Localizado em seu interior está o Museu Islâmico, com uma coleção de cerâmica e fotografias do Rei Abdullah I. Em 11 de abril de 2006, a estrutura foi aposentada como a mesquita nacional da Jordânia, em favor da recém-construída Mesquita do Rei Hussein Ben Talal.
A Mesquita do Rei Hussein foi construída pelo atual monarca, rei Abdullah II, para homenagear seu pai, morto em 1999. O local impressiona pelo tamanho e beleza dos jardins ao redor da mesquita. A visita é permitida, mas mulheres devem usar um veu para cobrir o corpo, e os homens devem tirar os sapatos antes de entrar no templo. Em maio, Bento XVI encontrou-se com o príncipe Ghazi bin Muhammad, conselheiro religioso do trono jordaniano.
Mas um outro elemento religioso enriquece ainda mais uma visita à Jordânia. A massiva presença do islamismo, religião de 95% da população coloca os visitantes em contato com valores e uma cultura ainda pouco explorada pelo Ocidente.
A principal porta de chegada à Jordânia acontece pela capital Amã, localizada no norte do país. E é nos arredores da cidade que estão os principais pontos de interesse para os peregrinos da Terra Santa. De Amã é muito fácil chegar ao Monte Nebo, o Rio Jordão e a Madaba. É na capital do reino jordaniano também que estão algumas das mais belas mesquitas do país como a Mesquita do Rei Abdullah I e a Mesquita do Rei Hussein.
Monte NeboA região do Monte Nebo fica a pouco mais de 25 km de Amã, e seu acesso é fácil por rodovias bem sinalizadas. O sitío turístico é bem conservado e abriga um pequeno museu com relíquias das escavações feitas no local. Mas a atração principal do lugar é o mirante com vista para Israel. A escultura batizada de Serpente de Brazen, do italiano Giovanni Fantoni, marca o lugar exato de onde Moisés, aos 120 anos, teria avistado a Terra Prometida.
De acordo com as escrituras cristãs e hebraicas, o Monte Nebo teria sido também o local onde Moisés morreu e estaria enterrado. Muitos teólogos, entretanto, ainda divergem sobre o Monte Nebo ser de fato o local citado na Torá, o livro sagrado dos judeus, e no Velho Testamento da Bíblia.
Ainda de acordo com o Livro dos Macabeus, escrituras sagradas dos judeus, mas reconhecidas pelo cristianismo, o profeta Jeremias teria escondido a Arca da Aliança - que continha as tábuas com os Dez Mandamentos - no Monte Nebo.
MadabaA apenas 10 km ao sudeste do Monte Nebo, está a cidade de Madaba, uma parada interessante. O local foi visitado por Bento XVI em sua peregrinação pela Terra Santa em maio deste ano. No centro de Madaba está a igreja orotodoxa de São Jorge. No piso da igreja está um mosaico bizantino parcialmente restaurado conhecido como o Mapa de Madaba.
No mosaico, que data do século 6 a.C., está retratada toda a Terra Santa. Após Madaba ter sido devastada por um terremoto em 746, o mosaico foi redescoberto em 1894. O estudo do mapa presente no mosaico permitiu que, em 1967, os exploradores identificassem locais históricos em Jerusalém como o Cardo Maximus, a via principal das cidades do Império Romano.
Algumas quadras distante da Igreja de São Jorge está o restaurante Haret Jdoudna que oferece os principais pratos típicos da culinária árabe. Os preços são acessíveis. Um kebab para duas pessoas, por exemplo, custa cerca de 7 dinares (US$ 10). As bebidas alcoólicas são sobretaxadas na Jordânia, por isso, tomar uma cerveja pode ser uma experiência bastante cara: cerca de US$ 10 dólares por uma garrafa long-neck. Já o café com cardamomo é imperdível.
Madaba oferece ainda uma excelente oportunidade para se caminhar por uma cidade tipicamente palestina. Muitas das ruas não têm calçadas e os pedestres dividem o espaço com carros. Mas nada que um pouco de cautela e atenção não resolvam. Madaba também se orgulha de ter uma das maiores comunidades cristãs da Jordânia. Por esse motivo ela se denomina ¿cidade da vida em harmonia¿ pela boa convivência entre cristãos e muçulmanos.
Rio JordãoMenos de 40 km separam Amã do sítio de batismo de Jesus Cristo. Divisor dos territórios entre Jordânia e Israel, o Rio Jordão também é a principal fonte de água do Mar Morto. O rio, entretanto, guarda pouco das carecterísticas bíblicas e em alguns trechos parece um córrego. Todo o complexo do sítio batismal está sendo restaurado, mas o lugar oferece poucas opções de visita além das margens do Jordão.
Durante sua visita em maio, Bento XVI abençoou a pedra fundamental da primeira igreja católica no local. Próximo ao rio Jordão, entretanto, está um capela ortodoxa em homenagem ao batismo de cristo que merece uma breve visita. Seus murais coloridos oferecem uma visão diferenciada de igrejas com muitas imagens.
Uma escadaria leva a uma plataforma nas margens do Jordão de onde é possível, e permitido, colher água do rio como recordação. Além disso, uma pia de pedra contém água tratada do Jordão, já que o rio tem suas águas bastante barrentas. O cenário se completa com um vestiário destinado principalmente aos cristãos ortodoxos que têm o costume de repetir o gesto de Jesus e mergulhar no rio Jordão simbolizando a renovação da fé.
Jesus Cristo, entretanto, não foi batizado exatamente no Rio Jordão. O encontro de Cristo com São João Batista se deu em um braço do Jordão. O local de onde ele teria descido às águas está bem preservado, mas o braço do rio está praticamente seco. Uma obra em andamento pretende recuperar esse local com águas do Jordão sendo desviadas para lá.
AmãDurante o passeio por Amã são obritatórias visitas a pelo menos duas mesquitas. No centro da cidade, e de fácil acesso, está a Mesquita do Rei Abdullah I. Construído entre 1982 e 1986, com uma capacidade de 3000 fiéis, o local foi levantado pelo rei Hussein como um memorial ao seu avô, o rei Sayyid-Abdullah I.
A mesquita é um exemplo de arquitetura islâmica moderna. Localizado em seu interior está o Museu Islâmico, com uma coleção de cerâmica e fotografias do Rei Abdullah I. Em 11 de abril de 2006, a estrutura foi aposentada como a mesquita nacional da Jordânia, em favor da recém-construída Mesquita do Rei Hussein Ben Talal.
A Mesquita do Rei Hussein foi construída pelo atual monarca, rei Abdullah II, para homenagear seu pai, morto em 1999. O local impressiona pelo tamanho e beleza dos jardins ao redor da mesquita. A visita é permitida, mas mulheres devem usar um veu para cobrir o corpo, e os homens devem tirar os sapatos antes de entrar no templo. Em maio, Bento XVI encontrou-se com o príncipe Ghazi bin Muhammad, conselheiro religioso do trono jordaniano.
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